Um dia após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro, da operação Lava Jato, a nove anos e meio de cadeia por corrupção, o ex-presidente brasileiro Lula da Silva reiterou ontem a sua inocência. Lula também reafirmou que continua na corrida presidencial de 2018, cujas sondagens lidera.
"Se alguém pensa que com essa sentença me tira do jogo, está enganado. Eu continuo no jogo",disse Lula, condenado por ter ocultado um apartamento de luxo que terá recebido como luvas, reforçando: "Nunca reivindiquei isso, mas agora vou reivindicar ao meu partido que me indique como candidato às presidenciais".
O antigo governante acusou Moro de o ter condenado antecipadamente ao aceitar a denúncia do Ministério Público e acusa-o ainda de ignorar as provas da sua inocência. Para o ex-presidente brasileiro, a condenação é parte de um plano das elites e da grande imprensa para impedir que ele e o PT voltem ao poder.
A defesa de Lula vai recorrer para anular a sentença e a acusação fará o mesmo, mas para aumentar a pena. Se o Tribunal de Apelação confirmar a sentença, o que demorará um ano, Lula tornar-se-á ‘ficha suja’ e não poderá candidatar-se.
Comissão rejeita julgamento a Temer A Comissão de Constituição e Justiça do parlamento brasileiro rejeitou ontem, por 40 votos a 25, o parecer do relator Sérgio Zveiter, que recomendava aceitar o pedido do Supremo Tribunal para julgar o presidente Michel Temer por corrupção.
Apesar da decisão, como a comissão tem um papel apenas consultivo, mesmo rejeitado o parecer continua a tramitar e será votado em plenário pelos 513 deputados, que têm a última palavra no caso.
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