O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, chegou esta segunda-feira à Argélia para assinar importantes acordos comerciais e encontrar-se com o Presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, cuja saúde é um mistério.
Se se confirmar, esta reunião vai ser a primeira de Bouteflika com um alto dirigente estrangeiro, depois de em fevereiro a chanceler alemã, Angela Merkel, ter cancelado à última hora a sua visita devido à saúde do Presidente da Argélia.
Bouteflika também não recebeu, há duas semanas, o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, apesar de este ter manifestado o seu desejo de se reunir com ele e de o cumprimentar, durante uma das suas escalas no país norte-africano.
Esta falta de atividade pública, maior do que no passado, tem intensificado os apelos na Argélia à renúncia ou a declaração de incapacidade de Bouteflika, que fez 80 anos há alguns meses.
No domingo, exprimiram um apelo neste sentido o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Ahmed Taleb Ibrahimi, o advogado Ali Yahia Abdenour, ex-ministro e decano dos ativistas de direitos humanos na Argélia, e o general reformado Rachid Benyelles, ex-chefe da Marinha.
A última imagem pública de Bouteflika é de setembro, quando a televisão estatal, a única que tem acesso ao chefe de Estado, mostrou um vídeo da primeira reunião do novo Conselho de Ministros.
Medveded foi recebido esta noite pelo seu homólogo argelino, Ahmed Ouyahia, com quem na terça-feira vai presidir à primeira reunião de trabalho entre as delegações destes dois Estados que mantém relações estreitas e históricas.
Em cima da mesa vai estar designadamente a venda de aviões russos à Argélia, caso dos aparelhos da classe MC-21 e Sukhoi Superject 100 (SSJ-100), o primeiro avião civil desenhado na Federação Russa.
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