Para qualquer órgão de comunicação social generalista, a prestação de um serviço de informação de proximidade, que não se cingisse à evocação do pitoresco ou da tragédia, devia ser uma prioridade e traria ganhos económicos gerados pela maior adesão dos cidadãos.
Quando se trata de um órgão público, esse mote devia estar intrínseco ao seu código genético, enquanto garantia do acesso recíproco da informação a todo o território nacional.
Através dos seus programas de animação, a RTP tem desenvolvido um esforço meritório de acompanhamento das dinâmicas e de promoção dos diferentes territórios. No plano da informação, decisões como a do encerramento das delegações no Minho (em Braga e Viana do Castelo) apontam em sentido oposto, juntando-se a uma tendência apenas saudavelmente violada pelo Correio da Manhã e pela CMTV.
Podemos perguntar: onde param os ecos do País das empresas inovadoras, dos investigadores de excelência, das políticas municipais diferenciadoras, dos projetos coletivos arrojados ou solidários e dos eventos mobilizadores?
Cada vez mais, confinados à cada vez mais relevante comunicação local e regional e às honrosas exceções que confirmam a regra.