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Pedro Duarte entrega Chaves da Cidade do Porto a Presidente de Moçambique

Presidente da Câmara do Porto referiu que Portugal deve consolidar a parceria estratégica com Moçambique e servir de porta de entrada do país na Europa.

09 de dezembro de 2025 às 11:56

O presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, entregou esta terça-feira as Chaves da Cidade ao Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, salientando que a atual estabilidade política portuguesa é propícia ao fortalecimento da cooperação entre os dois países.

"Portugal goza hoje de estabilidade política e o seu Governo está animado por uma genuína vontade reformista. Estão, pois, reunidas as condições para dar um novo impulso às relações luso-moçambicanas", afirmou Pedro Duarte, na cerimónia de boas-vindas a Daniel Chapo, na Câmara do Porto, cidade onde se realiza a VI Cimeira Portugal-Moçambique.

Com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, a assistir, Pedro Duarte referiu que Portugal deve consolidar a sua parceria estratégica com Moçambique e servir de porta de entrada do país na Europa.

"Esta é, sem dúvida, uma relação `win-win´, ou seja, em que as duas partes têm muito para ganhar", disse.

Pedro Duarte ressalvou que, para Portugal, Moçambique é um mercado em crescimento, uma reserva de matérias-primas e uma sociedade jovem e dinâmica. Após a cerimónia, que não teve honras militares devido ao mau tempo, o primeiro-ministro português e Daniel Chapo reuniram-se a sós.

Já para Moçambique, acrescentou, Portugal pode representar apoio e investimento para melhorar carências estruturais, estimular o crescimento económico e promover a estabilidade, segurança e coesão do país.

Dizendo que a lusofonia não é, nem pode ser, um conceito adormecido, o autarca, que foi eleito nas últimas eleições autárquicas de outubro, insistiu que se vive um momento propício ao fortalecimento da cooperação entre Portugal e Moçambique e que, por isso, se pode ir mais longe.

"A lusofonia não pode resumir-se a proclamações políticas vazias e esteiras sem resultados concretos na vida dos povos irmanados pela língua portuguesa. Em conjunto, há que saber materializar todo o potencial que decorre dos laços históricos, culturais e linguísticos que unem os países lusófonos", apontou.

Por seu lado, o Presidente da República de Moçambique assumiu ser uma honra receber as Chaves da Cidade do Porto porque é uma "cidade histórica, de grandes tradições de coragem, resiliência e trabalho árduo em benefício das suas gentes e de todo o país".

Daniel Chapo anunciou ainda a possibilidade de, num futuro próximo, avançar com uma parceria de geminação entre o Porto e uma cidade moçambicana, impulsionando, dessa forma, o desenvolvimento económico e social dos países.

"O Governo da República de Moçambique tem como prioridades essenciais a consolidação da paz e da estabilidade, bem como o desenvolvimento económico e social do país e, para alcançar estes importantes objetivos, contamos com o contributo de todos", frisou.

O fortalecimento das relações entre Portugal e Moçambique permitirá ampliar parcerias, fortalecer a circulação e o encontro entre os cidadãos e enfrentar os desafios cada vez mais complexos do mundo contemporâneo, considerou Daniel Chapo.

Nesta VI cimeira bilateral serão assinados cerca de duas dezenas de instrumentos jurídicos, seguindo-se um seminário económico com cerca de 500 participantes.

Em entrevista à Lusa, na segunda-feira, o Presidente moçambicano afirmou que os mais de 20 acordos que serão assinados demonstram o nível "excelente" das relações bilaterais, mas quer reflexos sentidos pelo povo, pedindo investimento de Portugal no setor das infraestruturas.

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