Anne Saintemarie, presidente do Conselho de Administração do Intermarché, defende que “ainda há muito por fazer” em benefício da sustentabilidade do setor agroalimentar
26 de junho de 2025 às 18:05Como tem sido tradição, o lançamento da edição deste ano do Prémio Intermarché Produção Nacional decorreu durante a semana da Feira Nacional de Agricultura através de várias iniciativas promovidas no espaço dedicado à marca. Além de montra de produtos comercializados pelo Intermarché, o recinto acolheu quatro debates sobre o setor agroalimentar e o consumo, nos quais os convidados fizeram uma retrospetiva da última década.
O objetivo do Prémio Intermarché Produção Nacional, as tendências orgânicas no setor agroalimentar, o Programa Origens da cadeia de distribuição e o novo perfil do consumidor foram temas analisados por agentes envolvidos na atividade agrícola e no consumo final, que reconheceram o papel desempenhado pela empresa na valorização da economia nacional. De acordo com dados fornecidos por Anne Saintemarie, presidente do Conselho de Administração, durante a Feira Nacional de Agricultura, os recursos locais já representam 20% do sortido do Intermarché.
Para a edição deste ano, o Prémio Intermarché Produção Nacional apresenta três categorias novas – Com Futuro, Novo Ciclo e Cá da Terra –, “a refletir preocupações muito atuais” da sociedade. “As novas categorias foram desenhadas a pensar nos desafios do nosso tempo. Com Futuro é a categoria assente em princípios de sustentabilidade ambiental e social. Novo Ciclo é direcionada para o combate ao desperdício e promoção do reaproveitamento, respondendo à urgência da economia circular. A categoria Cá da Terra é uma homenagem à tradição, aos saberes locais e à valorização do que é 100% português. São áreas nas quais queremos ver mais projetos com impacto”, explicou a responsável da empresa.
A “contribuição concreta para a sustentabilidade do setor agroalimentar” – “porque ainda há realmente muito por fazer”, garante – é o objetivo dos novos critérios da distinção, assim como o “aumento da notoriedade junto dos consumidores e do número de candidaturas”, nas palavras da presidente do Conselho de Administração do Intermarché. “Muitos projetos a concurso desafiam o status quo da produção nacional e provam que há espaço para reinventar práticas, melhorar processos e inovar com sustentabilidade. O prémio é uma montra de inovação – da terra à mesa”, justificou Saintemarie.
A sustentabilidade também “está no centro” da estratégia do Intermarché, que integra esta preocupação em toda a cadeia, “desde a escolha dos fornecedores à forma como reduz o desperdício nas lojas, passando pelo tipo de produtos promovidos”. O Prémio Intermarché Produção Nacional “reflete esta visão”.
Valorizar os produtos nacionais é também valorizar a nossa identidade, economia e sustentabilidade, assim como reforçar a qualidade dos produtos que diariamente disponibilizamos nas nossas lojas
Presidente do Conselho de Administração do Intermarché
A colocação dos produtores parceiros no centro do Prémio Intermarché Produção Nacional, “reforçando o compromisso com a cadeia de valor da marca”, é igualmente um propósito da edição deste ano, embora sem excluir outros participantes. “A mudança de enfoque deve-se à valorização crescente da relação direta que o Intermarché tem com os seus produtores. São eles que garantem produtos frescos, de qualidade, com rastreabilidade e impacto positivo nas comunidades locais. Queremos dar-lhes palco, visibilidade e reconhecimento”, esclareceu Saintemarie.
O Prémio Intermarché Produção Nacional traduz a ligação “muito forte” ao território, que faz parte da identidade da marca, pioneira na parceria com centenas de produtores locais ao privilegiar e promover a atividade regional e nacional desde a década de 1990. As lojas do Intermarché também são geridas por empresários locais, como é o caso de Saintemarie, proprietária do estabelecimento de Lagos, onde pratica esta filosofia de valorização dos produtos regionais junto de toda a comunidade agrícola existente no Algarve.
“Esperamos que as candidaturas tragam soluções para problemas concretos: práticas agrícolas regenerativas, novas formas de reaproveitar excedentes, embalagens inovadoras, valorização de raças autóctones, entre outros. O que procuramos é propósito, inovação e aplicabilidade”, adiantou a responsável.
O incentivo de 25 mil euros de prémio monetário por categoria “é uma ajuda financeira relevante, associada a uma visibilidade mediática para os projetos vencedores”. Mas Saintemarie lembrou que “o maior impacto da distinção tem sido o acesso a uma rede comercial sólida, o apoio à certificação ou comunicação e, acima de tudo, o reconhecimento do público”. Muitos vencedores do Prémio Intermarché Produção Nacional cresceram ou criaram novos empregos impulsionados por este apoio da marca.
“Deixo um apelo a todos os produtores portugueses que ponderam participar: partilhem o vosso projeto connosco. O prémio é uma oportunidade real de reconhecimento, crescimento e impacto. Portugal precisa de vozes corajosas e autênticas como a vossa. Estamos aqui para vos ouvir e apoiar”, desafiou a presidente do Conselho de Administração do Intermarché.
Muitos projetos a concurso desafiam o status quo da produção nacional e provam que há espaço para reinventar práticas, melhorara processos e inovar com sustentabilidade. O prémio é uma montra de inovação – da terra à mesa
Presidente do Conselho de Administração do Intermarché
A valorização da autenticidade da oferta nas lojas e da sustentabilidade na produção é uma exigência dos consumidores portugueses, que “querem fazer escolhas mais informadas e mostram-se cada vez mais atentos à origem dos produtos”, segundo Saintemarie.
O Prémio Intermarché Produção Nacional procura responder a esta crescente preocupação desde a criação, em 2014, então orientado pela missão da marca de promover uma alimentação mais saudável e apoiar quem está na origem. “Continuamos a dar-lhe prioridade porque acreditamos que valorizar os produtores nacionais é também valorizar a nossa identidade, economia e sustentabilidade, assim como reforçar a qualidade dos produtos que diariamente disponibilizamos nas nossas lojas”, frisou a presidente do Conselho de Administração do Intermarché.
O balanço de dez edições confirma a relevância desta distinção, que se consolidou como uma referência no apoio à agricultura portuguesa, como enalteceu Saintemarie. “Recebemos centenas de candidaturas de norte a sul do País, conhecemos projetos inspiradores e procurámos ajudar-lhes a dar escala, notoriedade e visibilidade comercial. Este percurso confirma que apostar na produção nacional é investir no futuro de Portugal.”
Uma referência reforçada na escolha “simbólica e coerente” da Feira Nacional de Agricultura para o lançamento do Prémio Intermarché Produção Nacional. “É um ponto de encontro entre produtores, consumidores e agentes do setor e o maior palco da produção nacional. Local onde estamos presentes há uma década e o lugar certo para dar início a mais uma edição e reforçar o nosso compromisso com a terra”, concluiu Saintemarie.
Muitos vencedores do Prémio Intermarché Produção Nacional cresceram ou criaram novos empregos impulsionados por este apoio da marca