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A “grande paixão” pelos vinhos

Foi uma viagem a Bordéus que levou Leonor Freitas, licenciada em Serviço Social, a modernizar o negócio da família, a inovar e a internacionalizar o vinho. Já para a filha, Joana Freitas, esta foi logo a sua opção natural de vida

25 de setembro de 2024 às 14:57

A morte do seu pai levou Leonor Freitas a assumir a Casa Ermelinda Freitas. Licenciada em Serviço Social, trabalhava como técnica superior do Ministério da Saúde quando sentiu o chamamento para cuidar das terras da família e do seu "ouro": a vinha. "Não tenho dúvida de que a nossa infância nos marca para toda a vida, e com a morte do meu pai, por não ser capaz de vender o negócio de família, devido ao amor e afeto que tinha, voltei e tive a consciência da verdadeira paixão pela vinha e pelo vinho", recorda a presidente do conselho de direção da Casa Ermelinda Freitas. Essa paixão levou Leonor Freitas "a plantar novas vinhas, novas castas, a construir uma nova adega, criar marcas de vinho, pois a família vendia toda a produção a granel (sem marcas)".

De então para cá, junto com a sua equipa, nunca mais parou. "Corremos o mundo, fomos a todos os mercados internacionais, investi o que tinha e não tinha, uma verdadeira opção de vida que só é possível com uma grande paixão por aquilo que fazemos", explica.

Foi precisamente numa das suas viagens de negócios, em Bordéus, França, que Leonor Freitas teve um momento especialmente marcante na sua vida, crucial para o que é hoje a sua empresa. "Aí percebi que estava a desperdiçar um negócio que tinha. Não o estava a valorizar o suficientemente, pois em Bordéus o vinho era tratado como uma joia. Na altura, ainda vendia vinho a granel e esta viagem foi de tal maneira forte que voltei a Portugal consciente de que tinha de criar marcas, identificar com a tradição que a família tinha deixado e dignificar algo tão singular que, quando bebido com moderação, é único: o vinho. Esta experiência levou-me a pensar numa nova adega, numa nova maneira de estar e, claro, começar as primeiras marcas, nas quais se inclui o Dona Ermelinda."

Uma dinâmica "para continuar"

Ao contrário da sua mãe, a Casa Ermelinda Freitas sempre foi a opção profissional e afetiva de Joana Freitas, filha de Leonor e responsável pela estratégia de desenvolvimento da empresa. "Desde pequena que senti que era isto que queria para o meu futuro. Tem sido para mim um privilégio ver a continuação do trabalho da família e o impulso que a minha mãe tem dado, sempre respeitando a tradição, mas tornando esta empresa numa organização moderna e dinâmica", explica, com orgulho, Joana, a sucessora de Leonor. "Daqui a dez anos espero que esta dinâmica continue, comigo e com o meu irmão, sabendo que nada é estático e o meu grande desafio será acompanhar a dinâmica da sociedade, para poder ir sempre ao encontro das necessidades dos nossos consumidores e ter orgulho desta empresa, dignificando assim os vinhos da Península de Setúbal e de Portugal."

Joana Freitas sabe que tem grandes desafios pela frente até porque, relembra, a marca está a iniciar-se também na região dos Vinhos Verdes e Douro. A empresa adquiriu a Quinta do Minho, em Póvoa do Lanhoso, área de vinhos verdes, e a Quinta de Canivães, no Douro. A sua maior motivação é "poder dar continuidade ao trabalho efetuado pela família ao longo de quatro gerações, sempre com a responsabilidade acrescida de ter havido mulheres muito fortes ao longo destas gerações".

E não deixa de realçar a "grande gestão" da sua mãe, que "tanto amor, esforço, dedicação e respeito teve para com os seus antepassados, sempre numa ótica muito humana, mas também muito profissional".

E como Dona Ermelinda faz parte da sua vida, nada como fazer uma visita ao chão que já deu muitas uvas… e vinhos.

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