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“Amar os mais velhos como eles merecem”

O Teatro Armando Cortez, na Casa do Artista, encheu-se para dois finais de tarde especiais, em que se deu palco ao envelhecimento ativo.
27 de Maio de 2023 às 11:29
Teresa Guilherme com Ruy, João e Henrique de Carvalho
Teresa Guilherme com Ruy, João e Henrique de Carvalho

Nos dias 9 e 18 de maio, numa iniciativa do Grupo Ageas Portugal, em parceria com o Correio da Manhã, o público teve a oportunidade de ouvir testemunhos de personalidades do mundo do espetáculo, e de conhecer projetos e soluções de promoção do envelhecimento ativo, num evento conduzido por Teresa Guilherme, e que teve muita emoção, música, bons conselhos e bons exemplos.

A abertura destes dois dias foi com chave de ouro, ao reunir três gerações de artistas para uma conversa informal sobre os desafios do envelhecimento ativo. Ruy, João e Henrique de Carvalho são três gerações de uma família dedicada ao teatro. Ruy de Carvalho, com 96 anos e 81 de palco, é o ator português mais velho em atividade. Um exemplo de dedicação e amor à pro-fissão, e que se define como “um amador profissional”, uma pessoa que ama a profissão que tem. Também o seu filho, João de Carvalho, actualmente com 68 anos, é um exemplo de empenho na profissão de ator. E que partilhou, com algum humor, a história do esgotamento nervoso que teve recentemente, em palco, por excesso de trabalho, e de que já está recuperado.

Três gerações em palco

Já Henrique de Carvalho, com 32 anos, e a representar a terceira geração desta família de atores, olha para o envelhecimento como “uma coisa certamente extraordinária pelo acumular de experiências e de vivências”. À pergunta de Teresa Guilherme sobre o que é preciso fazer para melhorar a vida dos mais velhos em Portugal, Ruy de Carvalho respondeu de forma simples, direta e cheia de emoção: “É amá-los como eles merecem.” E deixou um conselho para aqueles que, sendo mais novos do que ele, parecem mais velhos pela atitude perante a vida: “Não desistam da vida, que a vida é para ser vivida, porque a morte é certa, não vale a pena pensar nela. Vivam a vida, gozem a vida!”





É exatamente no contexto do apoio a projetos que promovam o envelhecimento ativo que se coloca a ação da Fundação Ageas, que comemora agora 25 anos de atividade. João Machado, presidente do seu Conselho de Administração, foi o convidado seguinte de Teresa Guilherme. A Fundação, que se dedica atualmente a projetos de promoção da saúde, do envelhecimento ativo e de combate à exclusão social, intervém por via do voluntariado, da capacitação de entidades e do investimento de impacto, que procura multiplicar por muito o impacto de cada projeto social. A Teresa Guilherme, João Machado confessou: “Tenho um trabalho fantástico em que colaboro com pessoas fantásticas que são os empreendedores sociais. Um setor que precisa de ser mais apoiado e liberto de burocracias para que as respostas sociais se multipliquem com a colaboração entre privados, setor público e setor cooperative e associativo.”


O vento nos cabelos

E foi um desses projetos apoiados pela Fundação Ageas que, de seguida, literalmente entrou em palco de “trishaw”. A “Pedalar sem Idade” é uma ideia que surge na Dinamarca e que combate o isolamento e a solidão dos seniores e de pessoas com mobilidade reduzida através da realização, por voluntários, de passeios gratuitos, numa bicicleta elétrica que tem dois lugares num carrinho à frente (o tal “trishaw”). Já disponível em Lisboa, este movimento, segundo Margarida Quinhones, sua fundadora, tem tido uma adesão extraordinária. O “trishaw” que entrou em palco neste evento trouxe Natália, que, com 94 anos, “não tem medo de experimentar coisas novas” e “adora sentir o vento nos cabelos”.


Custódia Gallego, conhecida atriz de teatro



Após o intervalo, Teresa Guilherme recebeu Custódia Gallego, conhecida atriz de teatro, cinema e televisão, com 64 anos e que deixou o seu testemunho de vida e conselhos. A atriz sublinhou a importância de aprender a lidar com as limitações que a idade impõe sem deixar de ter atividade. “Somos um animal social. A solidão não é vida. Faz parte da adaptação à idade não nos isolarmos”, afirmou.

Como é sabido, sem saúde tudo se torna mais difícil. O que tornou mais pertinente a conversa com o convidado seguinte de Teresa Guilherme. Pedro Correia, responsável de operações de saúde do Grupo Ageas Portugal, que veio afirmar que mais idade não tem de ser menos saúde. Uma nova geração de seguros veio aliar às coberturas tradicionais um conjunto de serviços inovadores de assistência e apoio na doença, em conjunto com menos limitações por idade. Quem também subiu ao palco foi a associação “Palhaços d’Opital”, que se dedica a programas de intervenção artística destinados a idosos em ambiente hospitalar.

O envelhecimento de Portugal

Para encerrar este dia dedicado à saúde e bem-estar no contexto do envelhecimento ativo, Nelson Machado, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas, sublinhou a dimensão do desafio que o envelhecimento da população representa para Portugal – o quinto país mais envelhecido do mundo, com 25% da população com mais de 65 anos. “Não há muito tempo pensávamos nos idosos como alguém que já tinha feito o seu papel na vida ativa, que se tivesse saúde, melhor, e que estaria tranquilamente a jogar as cartas no jardim com os amigos, à espera que o tempo passasse.” Nós acreditamos que, “cada vez mais, a senioridade irá ser vista de forma diferente, como um tempo em que podemos e devemos continuar a ter qualidade de vida, a ser úteis à sociedade, à família, aos amigos”.




A associação “Palhaços d’Opital” na Casa do Artista