O segundo dia do evento MaisIdadeMais sobre envelhecimento ativo começou com um momento musical protagonizado pelo Grupo Contrastes Musicais. O conjunto interpretou clássicos da música portuguesa e mereceu um caloroso aplauso do público. Este grupo, vindo de Oeiras, é ele próprio um exemplo de envelhecimento ativo, organizando atividades de música, teatro e literatura para seniores, e protagonizados por seniores.
A primeira entrevistada do dia, numa conversa conduzida por Teresa Guilherme, foi a atriz Ana Bustorff. Num evento também dedicado à poupança, a atriz confessou que desde muito jovem que teve a noção da precariedade do trabalho de ator e da necessidade de ter poupanças e de precaver momentos menos bons na carreira. Para Ana Bustorff “a melhor forma de viver é ser muito simples e cuidadosa”. Proteger a saúde, mas ter uma vida simples. Ter os pés bem assentes na terra e aproveitar o que dá prazer. A atriz elogiou o trabalho da Casa do Artista e contou como enfrentou um cancro que considerou “ser uma doença terrivelmente solitária”.
Bruno Vaz, responsável da oferta sénior do Grupo Ageas Portugal
A reforma deve ser um período ativo da vida
Nesta parte do espectáculo dedicado ao rendimento, o outro convidado foi Valdemar Duarte, responsável pela Ageas Pensões, marca do Grupo Ageas Portugal, que deixou alguns conselhos sobre poupança e literacia financeira, mas sobretudo chamou a atenção para a forma como o panorama financeiro muda com a reforma e sobre como o entendimento do que as pessoas consideram ser a reforma também está a mudar. Para este responsável, quando chegamos à reforma, a nossa vida “muda e as despesas também mudam”. “Mas enquanto o rendimento diminui, o nível de despesa – para se ter qualidade de vida – não diminui tanto e pode até aumentar. Daí a necessidade de precaver um rendimento adicional e um nível de protecção maior nesta fase da vida”, sublinhou. Neste contexto, novas soluções de poupança, sobretudo de longo prazo, proporcionam um rendimento flexível mais adequado a um entendimento da reforma como um período ativo da vida.
Também numa perspectiva da reforma como um período ativo, em que um rendimento adicional é sempre bem-vindo surgiu de seguida no palco a associação 55+. Trata-se de um projecto apoiado pela Fundação Ageas e é uma plataforma que, como explicou Elena Duran, fundadora, promove a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com mais de 55 anos. A inscrição na plataforma proporciona-lhes oportunidades para uma vida ativa através da prestação de serviços remunerados de todos os tipos, nos seus bairros, valorizando os conhecimentos das pessoas e criando redes de apoio informal, sólidas e próximas. De entre as 3000 pessoas inscritas vieram ao palco Flávio, um ex-GNR que hoje trabalha em part-time numa empresa dedicada a inovação social, e Gabriela, uma ex-professora de Artes Visuais que presta serviços de jardinagem, bricolage, entre outros. Também a Santa Casa Santa Casa da Misericórdia da Redinha (Pombal) esteve em palco para falar do projecto Proxim(idade), que apoia pessoas com mais de 65 anos.
O cuidador e a perda
Na segunda parte do evento, dedicado à proteção, a perda foi tema central da conversa com Liliana Campos, conhecida apresentadora de televisão. Numa conversa intimista, Liliana Campos emocionou os presentes com a sua experiência com aquilo que foi a perda súbita do pai devido a um aneurisma e para o que foi um longo e doloroso processo de cuidar (junto com o seu irmão) de uma mãe com demência, que mantiveram sempre em casa. “Ser cuidador exige uma grande força e os apoios não são muitos. Aprendi muito durante o processo”, confessou a apresentadora a Teresa Guilherme.
Ainda no tema da proteção, o convidado seguinte foi Bruno Vaz, responsável da oferta sénior do Grupo Ageas Portugal. Para o grupo segurador, sublinhou, “a protecção requer uma oferta de serviços e produtos robusta e orientada para as necessidades das pessoas com mais de 65 anos” Com esta perspetiva, o Grupo Ageas Portugal criou um conceito agregador, o MaisIdadeMais. Para este responsável, “esta ideia na prática organiza estas soluções em quatro pilares: Saúde; Bem-estar; Proteção; e Rendimento. No fundo, são as grandes necessidades que toda a gente quer ver satisfeitas.”