Obras vão estabilizar a fronteira entre a área de salgado e a área agrícola do Vouga.
18 de outubro de 2024 às 11:46No âmbito da comemoração dos 35 anos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), falámos com o seu presidente e autarca da Murtosa, Joaquim Baptista. O sucessor de Ribau Esteves recordou a história da organização, fez um balanço dos muitos anos de Comunidade Intermunicipal e explicou como estão os principais projetos da CIRA.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro assinala, este mês, 35 anos. Que balanço faz destas três décadas e meia de atividade?
Junte-se o facto de termos sido, nesta região, precursores de um movimento, antecipando as dificuldades e encontrando soluções para elas. Foi assim com o Carvoeiro e foi assim com a Associação de Municípios da Ria, constituída também com a água como elemento de unidade, neste caso para despoluir um ecossistema. E hoje, quando no concelho da Murtosa faço hastear as duas bandeiras azuis nas praias estuarinas que temos na Ria, digo sempre que aquelas não são as minhas bandeiras, mas de toda uma região. Um sinal claro de uma missão que há 35 anos uniu um conjunto de autarcas, porque só juntos perceberam que podiam fazer a diferença. E fizeram-na! E esse legado justificou sempre o facto de procurarmos antecipar, o facto de termos feito a primeira parceria com o Estado português na questão do ciclo urbano da água, com a constituição da ADRA. É também um sinal claro que sempre acreditámos, que juntos e em parcerias com a administração central ou regional, teríamos de encontrar as melhores soluções, as mais duradouras e eficientes de gestão do território, e, acima de tudo capazes de suprir as necessidades que as populações sentiam.
É este um balanço muito positivo de muitas outras coisas que fomos fazendo ao longo destes 35 anos, mas que deixa a Aveiro a responsabilidade de ser um pouco farol da intermunicipalidade para o país. Desta capacidade de percebermos que temos de estar juntos para fazer a diferença e que as comunidades intermunicipais não são espaços de reivindicação municipal, são espaços de construção de uma estratégia coletiva, cujo sucesso irradia para os municípios.
José Ribau Esteves lamentava na sua saída a não conclusão de três obras importantes para o Baixo Vouga Lagunar (BVL), devido à tramitação burocrática: a Ponte Açude do Rio Novo do Príncipe; a Qualificação da Margem Esquerda do Rio Novo do Príncipe; e o Sistema de Defesa Primário do BVL. Como estão estes três processos?
Relativamente à Ponte Açude do Rio Vouga…
Um dos projetos na área da cultura que a região de Aveiro tem é a candidatura do barco moliceiro a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Há novidades neste processo de candidatura, apresentada em março?