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Quer deixar de fumar?

Faça desta a sua resolução de Ano Novo e mude a sua vida para sempre
7 de Janeiro de 2020 às 07:13


Redigido por Dr.ª Luísa Batista (OM56610), médica especialista em medicina geral e familiar no Trofa Saúde Hospital na Amadora

Porquê deixar de fumar?
O tabaco, sob qualquer formato, é o fator de risco que mais contribui para a morte em Portugal, tendo ultrapassado a hipertensão arterial. Um fumador corre um risco superior a 50% de morrer de uma doença relacionada com o tabaco, perde em média 10 anos de vida em relação ao que viveria se não fumasse, e contribui para a doença dos não fumadores que o rodeiam. Mas não só. Fumar custa dinheiro, causa o envelhecimento da pele e cabelo, afeta o cheiro e o paladar, fá-lo cansar-se mais facilmente. Os benefícios na saúde podem não ser palpáveis, mas os restantes sim, e são muito rápidos a notar-se (dias a semanas).

É bom pedir ajuda
Cerca de 23% dos portugueses ainda fumam, sendo que a maioria já tentou parar: sem ajuda e sem sucesso. É importante saber que embora algumas pessoas o consigam sozinhas, essa é a exceção, não a regra. A máxima “só consigo se for pela minha cabeça” é um mito. A motivação é, sem dúvida, um fator necessário para o sucesso: mas não tem de bastar, e geralmente não basta (tal como o auxílio externo sem motivação não é suficiente). Afinal de contas, estamos a falar da alteração de processos químicos enraizados no cérebro, por vezes há décadas. Lembre-se de que com ou sem ajuda, o mérito de conseguir deixar de fumar é só seu, e pedir ajuda tem mérito em si só.

Não existem só pastilhas e adesivos
Durante muito tempo, as ajudas para deixar de fumar limitaram-se aos substitutos da nicotina, quer orais quer transdérmicos, pouco acessíveis pelo seu preço elevado e ausência de comparticipação (que se mantêm). Apesar de continuarem a ser uma opção em alguns doentes, estes já não são a primeira linha na cessação tabágica: surgiram entretanto alternativas sob a forma de comprimidos, seguras e comparticipadas, que demonstram resultados muito mais positivos.

Esses medicamentos viciam?
Não. O seu objetivo é a redução do prazer associado ao ato de fumar e/ou da ansiedade causada pela sua interrupção, não a criação de um vício substituto. As suas posologias na cessação tabágica são muito claras, sendo os tratamentos de 12 semanas, por se ter verificado ser essa a duração ideal. Estamos a falar de orientações resultantes de um grande número de estudos, não de palpites, e para processos muito específicos e definidos no tempo.

O que devo fazer?
A primeira coisa a fazer é marcar uma consulta, na qual em conjunto perceberemos que tipo de ajuda melhor se adequa a si. Terá então um aconselhamento personalizado à base de estratégias de vida que lhe poderão ser úteis, e será acordado um acompanhamento regular.

E se falhar?
Recair após a primeira tentativa, mesmo com ajuda, não significa nada. Na verdade, pessoas que já tentaram deixar de fumar e falharam têm estatisticamente mais probabilidade de o conseguir, numa nova tentativa, do que aqueles que o fazem pela primeira vez. Além disso, nada impede a utilização das ajudas farmacológicas em mais do que uma tentativa.

Trofa Saúde