Apenas um padre acusado no caso de pedofilia em Espanha
Onze dos 12 acusados não podem ser processados devido à prescrição dos fatos.
Onze dos 12 acusados num caso de padres pedófilos em Espanha não podem ser processados devido à prescrição dos factos, de acordo com a decisão de um juiz divulgada segunda-feira.
O magistrado de um tribunal de Granada, no sul de Espanha, considerou que de acordo com a lei devia "declarar a prescrição dos crimes de abuso sexual sem penetração, exibicionismo e dissimulação de provas" em relação a nove padres e dois laicos denunciados por um rapaz do coro de Granada. Decidiu, por outro lado, manter o processo contra um padre por factos "que podem constituir crime de abuso sexual contínuo". O juiz Antonio Moreno Marin adianta que aqueles crimes têm prevista uma pena de quatro a 10 anos de prisão. A decisão, de 26 de janeiro, é passível de recurso.
Este caso de pedofilia foi conhecido em novembro e, tendo em conta o número de acusados, trata-se de o mais grave da Igreja espanhola. O papa ficou comovido com a carta de um jovem de 25 anos, que se apresentava como membro da Opus Dei e que revelava os abusos sexuais de que dizia ter sido vítima em Granada, tendo-o aconselhado a apresentar queixa.
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