Chega quer aumentar número de efetivos da polícia em Viseu
Tema da segurança é um tema que "preocupa de sobremaneira" o Chega e é uma das suas "grandes bandeiras".
O candidato à Câmara de Viseu pelo Chega disse esta quarta-feira à agência Lusa que quer aumentar o número de efetivos na polícia municipal, assim como a sua remuneração e admitiu urgência na colocação da videovigilância.
"Está na dependência da Câmara, o aumento da PM, como também, naquilo que depende do poder central, e o Chega nesta área tem sito absolutamente taxativo na defesa das nossas polícias e na defesa de mais efetivos quer da PSP, quer da GNR", assumiu Bernardo Pessanha.
O candidato do Chega à Câmara Municipal de Viseu falava à agência Lusa no final de uma reunião com o comandante da Polícia Municipal (PM) de Viseu e depois de ter reunido "há uns dias" com o comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP).
"É preciso também, da parte da PSP, aumentar efetivos. Temos um corpo de efetivos em Viseu que nos parece que não corresponde às nossas necessidades", defendeu.
O candidato considerou que o comando em Viseu tem "ou agentes muito novos acabados de sair da formação, ou agentes muito mais velhos" e "um corpo policial mais envelhecido também tem, naturalmente, mais dificuldade na sua atuação".
O tema da segurança é um tema que "preocupa de sobremaneira" o Chega e é uma das suas "grandes bandeiras", realçou o candidato que disse ter uma "visão abrangente dela, embora a PM não tenha competências criminais".
"Onde há Polícia, sabemos que não há ladrões. A própria presença da Polícia, independentemente da PM ou PSP, essa perceção por parte dos cidadãos não existe, o cidadão comum não faz essa diferenciação, pelo que, é importante a presença e a sua presença em mais zonas da cidade pode ser dissuasora", defendeu.
Viseu "tem zonas onde é preciso ter esses efetivos, nomeadamente no centro histórico, à noite, na zona de Jugueiros, nas zonas dos bares", além de haver "outros focos também, bairros sociais, da zona da Balsa e Paradinha", exemplificou.
"Falámos também da questão das câmaras de videovigilância que, pelos vistos, já estão há algum tempo em projeto para o centro histórico e zona de Jugueiros, mas ainda não estão instaladas, ainda não estão efetivadas e isso é uma urgência a nosso ver", defendeu.
A reunião aconteceu no edifício da Câmara Municipal de Viseu e além do comandante da PM, Carlos Almeida, marcou, igualmente, presença o vereador da tutela, João Paulo Gouveia, que é também vice-presidente da autarquia.
Apesar de reconhecer que a PM "está na dependência direta da Câmara Municipal", como "o que interessa é saber o que são as dificuldades operacionais", "nesse aspeto" o comandante "talvez pudesse estar condicionado com a presença da tutela direta".
Dos problemas reportados, disse, esteve também o estatuto da PM, já que os efetivos "teriam problemas no sentido de lhes permitir fazer serviços gratificados", por exemplo, como faz a PSP e, "não podem, estão proibidos por lei".
A remuneração foi outro dos temas abordado, uma vez que "têm ordenados muito pouco competitivos, nomeadamente com caixas de supre mercado, por exemplo", o que provoca "dificuldade em reter esses profissionais".
Além de Bernardo Pessanha, candidata-se também à Câmara de Viseu no dia 12 de outubro, o atual presidente, Fernando Ruas (PSD); Hélio Marta (IL), João Azevedo (PS), Leonel Ferreira (CDU), Hélder Amaral (CDS-PP) e Paulo Quintão (ADN).
Em 2021, o PSD conquistou 46,68% dos votos (cinco mandatos) e o PS 38,26% (quatro mandatos). O Chega foi o terceiro partido mais votado, com 2,95%, e a IL o quarto, com 2,20%.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt