Cientista russo Alexandr Lukanin condenado a sete anos e meio de prisão por suspeitas de traição

Lukanin é suspeito de entregar à República Popular da China tecnologia secreta relacionada com fontes alternativas de alimentação elétrica.

20 de outubro de 2022 às 10:57
Cientista russo Alexandr Lukanin condenado na Sibéria por suspeitas de traição Foto: Correio da Manhã
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Um tribunal russo, da região siberiana de Tomsk, condenou, esta quinta-feira, a sete anos e meio de prisão o cientista Alexandr Lukanin por delito de traição, indica a agência oficial TASS.

Lukanin, de 64 anos, foi preso em outubro de 2020, no âmbito de um processo por crime de traição.

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De acordo com uma fonte policial citada pela TASS, o cientista foi detido como suspeito de entregar à República Popular da China tecnologia secreta relacionada com fontes alternativas de alimentação elétrica. 

Depois de se ter reformado, Lukanin, que fez parte de um grupo que trabalhava na Rússia em equipamentos de alimentação de alta voltagem, foi convidado a lecionar na Universidade de Shenyang, na República Popular da China. 

Os casos de cientistas russos acusados de alegada traição multiplicaram-se nos últimos meses. 

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No passado mês de agosto, o diretor do Instituto de Mecânica Teórica e Aplicada da Sibéria, Alexandre Shiplyuk, foi detido por suposto crime de traição.

Shiplyuk, 56 años, é um reconhecido cientista russo, especialista em Física e Matemática, membro da Academia de Ciências da Rússia e apontado como um destacado investigador na área da aerodinâmica, em particular, na criação de aparelhos aéreos supersónicos. 

Dois meses antes foi detido pelo mesmo motivo o investigador Anatoli Maslov. Em junho passado foi também preso Dmitri Kolker, investigador do Instituto de Física do pólo siberiano da Academia de Ciências da Rússia.  Kolker, que sofria de um cancro terminal, morreu três dias depois de ter sido detido.

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De acordo com o filho, o cientista foi acusado de traição por ter proferido conferências na República Popular da China para as quais tinha sido autorizado por Moscovo.

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