Combate à tuberculose com recurso a videochamada em Vila Franca de Xira

Hospital implementa solução inovadora que permite controlar a toma da medicação.

09 de junho de 2025 às 17:38
Equipa médica que organiza a toma de medicação com recurso a videochamada Foto: Direitos Reservados
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TeleTOD é o nome da solução inovadora, com recurso a videochamada, que permite observar diretamente a toma da medicação por parte dos doentes com tuberculose pulmonar.

O sistema foi adotado pela Unidade Local de Saúde da Lezíria (ULS Lezíria) e destina-se a utentes, residentes da área de Vila Franca de Xira, com dificuldades de mobilidade, constrangimentos geográficos ou outras limitações.

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Gustavo Reis, diretor do Serviço de Pneumologia e do Departamento de Medicina, destaca que "a TeleTOD garante o cumprimento rigoroso do tratamento e previne o surgimento de estirpes resistentes" ao que acrescentou: "a adoção desta inovação na Consulta Respiratória da Comunidade é essencial  para o sucesso terapêutico e epidemiológico.”

A tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública mundial. “Em 2023, a Organização Mundial de Saúde estimou 10,8 milhões de casos. As soluções digitais são fundamentais para melhorar o tratamento”, referiu Ana Silva, enfermeira especialista adjunta.

Por sua vez, Cláudia Lares dos Santos, coordenadora da Consulta Respiratória da Comunidade e Interlocutora para a tuberculose, disse que “a TeleTOD é uma estratégia com enorme potencial no doente com risco de abandono do tratamento”.

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"A deslocação diária do doente durante meses, a um local designado para a toma da medicação, nem sempre é exequível ou aceitável e há risco de abandono. Nesse sentido, a TeleTOD pode fazer a diferença”, sublinhou António Veiga, médico coordenador da atividade clínica da Consulta Respiratória da Comunidade.

Elisabete Cunha, enfermeira da CRC, concluiu referindo que a unidade tem "conseguido supervisionar tomas, detetar efeitos adversos e motivar o doente.”

“A RSE Live garante um ambiente seguro e integrado. Basta o profissional aceder ao SClínico e o utente ao SNS 24”, explicou Nuno Pedro Martins, promotor interno de telemedicina.

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