Declarações após Rio Ave-Benfica

Pedro Martins (treinador do Rio Ave): "Na primeira parte, foi um jogo equilibrado. Houve uma oportunidade do Benfica, que se traduziu em golo, mas, depois, a partida ficou incaracterística, porque fomos inteligentes na forma como condicionámos o jogo ofensivo do Benfica.Na segunda parte, conseguimos reagir e mostrámos grande qualidade, até para conseguir uma vitória por outros números.

A equipa está de parabéns, porque fez um jogo fabuloso e teve uma grande alma e coração nos momentos decisivos. Tivemos ambição e qualidade e não apenas por adversário ser o Benfica. Em outros momentos de contrariedade, nunca desistimos.

Essa tem sido uma das chaves da nossa época. Queremos sempre o melhor e os jogadores estão de parabéns.

(Lesões de Hassan e Marcelo) Gostaria de ter todos para o resto da época. São dois jogadores muito influentes, mas também já mostrámos que quando uns não estão presentes, outros acabam por surgir em bom plano.

Esta é uma vitória que vale só três pontos. Temos de continuar a fazer o nosso caminho, que não termina aqui. Temos já na próxima jornada de dar sequência a este bom jogo".

Jorge Jesus (treinador do Benfica): "Foi um jogo que teve uma história a partir dos 75 minutos. Entrámos bem, com um golo que nos permitiu ter o controlo do jogo e, quando se está a ganhar, tudo é mais fácil.Na segunda parte, quando nada o faria prever, surgiu a grande penalidade, aos 75 minutos, numa jogada sem grande perigo, em que bola bateu efetivamente na mão do Samaris.

A partir desse momento, o Benfica perdeu algum posicionamento no jogo e ficou muito pressionado, a querer ganhar de qualquer maneira. Tivemos a possibilidade de fazer o 2-1, no cabeceamento do Lima, mas o futebol é isto mesmo e com a expulsão do Luisão tudo ficou mais difícil. Ficámos com menos poder na bola parada e com menos capacidade para mudar o resultado, pois passámos a tomar decisões que normalmente não fazemos, como aconteceu no segundo golo do Rio Ave.

(Sobre arbitragem) Na minha opinião, no lance da expulsão, o Luisão não era o último jogador, ainda havia o Eliseu por perto. E, o segundo golo do Rio Ave devia ser invalidado porque o Ukra, pelas novas leis do jogo, apesar de não intervir no lance, está na zona de ação do Júlio César.Sei que é um lance difícil de analisar, mas condicionou o resultado. A história do jogo está nessa fase, entre os 75 e os 90 minutos. Até então, tínhamos o controlo do desafio. A equipa do Rio Ave teve o seu mérito, fez com que as ocasiões acontecessem, mas a surpresa do resultado nasce de dois lances fora do que é a nossa normalidade.

(Sobre as contas do título) Ninguém gosta de perder. As vitórias são sempre mais moralizadores, mas continuamos à frente da classificação, aconteça o que acontecer no jogo do nosso rival.

O Campeonato está na reta final para todos. Faltam oito jogos e continuamos em primeiro lugar.