Dirigente da Porsche em prisão preventiva após escândalo com motores diesel falsificados

Jörg Kerner está detido desde quinta-feira. O patrão da Porsche, Oliver Blume, foi quem fez o anúncio.

20 de abril de 2018 às 13:16
Oliver Blume Foto: EPA
Oliver Blume Foto: GettyImages
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Um dirigente da Porsche foi detido preventivamente na Alemanha na sequência das buscas ligadas ao vasto escândalo dos motores diesel falsificados, anunciou um porta-voz do construtor automóvel, esta sexta-feira.

O patrão da Porsche, Oliver Blume, "informou os trabalhadores da decisão do Ministério Público de Estugarda de ter colocado um dirigente da empresa em prisão preventiva", informou um porta-voz da marca de automóveis de luxo pertencente ao grupo Volkswagen, citado pela AFP.

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Segundo os jornais alemães Bild e Wirtschaftwoche, o responsável detido é Jörg Kerner, ex-responsável dos motores da Porsche, que trabalhava na Audi quando se conheceu o escândalo.

Sem precisar a identidade do detido, um porta-voz do Ministério Público de Estugarda confirmou a detenção na quarta-feira de um suspeito por "risco de fuga e de dissimulação de prova", logo depois das buscas nas casas de dois responsáveis e de um ex-quadro da Porsche.

O detido está em prisão preventiva desde quinta-feira à noite.

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"A Porsche não desenvolve nem produz motores diesel ou aparelhos associados", defendeu-se hoje o patrão da marca de luxo num 'email' enviado aos trabalhadores e citado pela imprensa alemã.

Oliver Blume considerou "inadmissível" os aparelhos instalados nos motores diesel e suspeitos pela Justiça alemã de estarem viciados e assegurou que a Porsche não estava ao corrente da situação.

Mais de 160 polícias e trinta magistrados foram mobilizados na quarta-feira para uma vasta operação de buscas em dez locais da Baviera e em Bade-Wurtemberg, visando "um membro da direção e um alto responsável da Porsche", bem como um antigo quadro do grupo que, entretanto, passou para a Audi, indicou uma fonte do Ministério Público de Estugarda.

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Estas foram as primeiras buscas visando a Porsche no âmbito do dossier que envolve desde o início de 2015 o conjunto do Grupo Volkswagen, proprietário da marca.

A Volkswagen reconheceu ter equipado 11 milhões de automóveis a diesel, dos quais cerca de 600.000 nos Estados Unidos, com um dispositivo com capacidade para falsificar o resultado dos testes antipoluição e dissimular as emissões que ultrapassassem até 40 vezes mais as normas autorizadas.

Buscas já tinham sido efetuadas em locais da Volkswagen e da Audi.

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