Cristas diz que protesto nas escolas era expectável

Aponta 35 horas e cativações como as causas.

03 de fevereiro de 2017 às 11:35
CDS-PP, Assunção Cristas, Governo, educação, política, escolas, governo (sistema), autoridades locais Foto: Direitos Reservados
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CDS-PP, Assunção Cristas, Governo, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, Ministério da Saúde, CDS, Função Pública, Lisboa, política, partidos e movimentos Foto: Lusa
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CDS-PP, Assunção Cristas, Caixa Geral de Depósitos, CGD, Paulo Macedo, política, economia, negócios e finanças Foto: Nuno Fox/Lusa
Assunção Cristas, CDS-PP, Ministério das Finanças, execução orçamental, economia, negócios e finanças, política, macroeconomia Foto: Paulo Cunha/Lusa
Assunção Cristas, CDS-PP, António Costa, Caixa Geral de Depósitos, Mário Centeno, política, partidos e movimentos Foto: Mário Cruz/Lusa
Assunção Cristas Foto: José Coelho/Lusa

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta sexta-feira que face à política do Governo de cativações e reposição das 35 horas de trabalho semanal na administração pública seria expectável uma greve dos funcionários das escolas.

"Lamentavelmente, era expectável, porque vemos a acontecer nas escolas um impacto grande de medidas tomadas pelo atual Governo, nomeadamente, o impacto das famosas 35 horas", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, durante uma visita ao Externato João XXIII, no Parque das Nações, em Lisboa.

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A líder centrista apontou também para a precariedade destes funcionários: "Para um Governo que se arvora como o grande defensor do emprego estável e do combate à precariedade, o que nós vemos é a contratação de tarefas a 3,64 euros por hora, como há bem pouco tempo foi publicado no Diário de República".

"Vemos um setor que está a passar por dificuldades que têm a ver diretamente, na perspetiva do CDS, com as opções deste Governo, quer no que respeita às 35 horas, quer no que respeita às cativações e aos cortes, que se têm sentido em todos os serviços públicos", resumiu.

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Assunção Cristas referiu que o Ministério da Educação "anunciou um concurso para 300 funcionários que tardou e não chegaram todos às escolas ainda".

"A meio do ano reconhece que há um problema mas diz que vai estudar, estamos a meio do ano, já tudo devia estar a funcionar plenamente e não está", disse, sublinhando não ter números da greve mas a informação de que a sua filha que frequenta o 12.º ano não teve aulas.

Sobre a incorporação geral de precários nos quadros do Estado, Cristas defendeu que "é preciso planear muito bem, não ir ao sabor das correntes, perceber onde é que faz falta e onde é que não faz falta".

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"Essa análise continua sem estar feita com todo o rigor", afirmou, considerando que o relatório sobre a matéria hoje revelado não faz a análise.

A greve dos funcionários das escolas está hoje a afetar escolas no país e a Federação Nacional da Educação (FNE) diz que dezenas estão encerradas e que a adesão ronda os 90%.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, que estava junto à Escola Secundária do Restelo, em Lisboa, que não abriu, afirmou que as primeiras informações indicam que há escolas encerradas de norte a sul do país, apontando os concelhos de Mafra, Torres Vedras, Bragança, Lisboa, Porto e Gaia.

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"Temos informações de várias escolas, em Mafra, em Torres Vedras, em Bragança, em Vila Real, em Lisboa, no Porto, em Gaia, muitas escolas encerradas é a informação de que dispomos. Noutras escolas há níveis fortes de adesão e poderão funcionar com os serviços reduzidos", afirmou Dias da Silva.

Os funcionários das escolas fazem hoje greve para exigir, entre outros aspetos, a negociação da criação de uma carreira especial, mas também mais recursos humanos nas escolas, com os sindicatos a estimarem uma carência de, no mínimo, 2.000 auxiliares.

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