Sindicatos falam de "fortíssima adesão" à greve dos trabalhadores não docentes

Centenas escolas não abriram em todo o país, devido a protesto de funcionários.

04 de maio de 2018 às 10:05
Delegação da UGT na Escola Passos Manuel, em Lisboa, durante greve dos funcionários Foto: Mário Cruz/Lusa
Delegação da UGT na Escola Passos Manuel, em Lisboa, durante greve dos funcionários Foto: Mário Cruz/Lusa
Delegação da UGT na Escola Passos Manuel, em Lisboa, durante greve dos funcionários Foto: Mário Cruz/Lusa

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O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, revelou esta sexta-feira que os dados iniciais confirmam uma "fortíssima adesão" à greve dos trabalhadores não docentes, com escolas fechadas em todo o país.

Em declarações aos jornalistas em frente da Escola Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa, João Dias da Silva disse ter indicações de muitas escolas encerradas de norte a sul do país, dando do exemplo deste liceu, que "habitualmente não costuma fechar" e onde apenas um trabalhador se apresentou ao serviço.

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"As maiores escolas de Bragança estão encerradas, há escolas no Porto encerradas e também em Espinho. (...) Concretiza-se uma fortíssima adesão à greve pela incapacidade do Governo em dar respostas a um problema que é reconhecido , de que se fala há tanto tempo e que o Governo continua sem resolver", afirmou.

Os trabalhadores não docentes cumprem hoje um dia de greve para exigir a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes assegurar para o bom funcionamento das escolas.

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A greve é convocada por estruturas sindicais afetas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física para os alunos do 2.º ano de escolaridade.

Escolas fechadas no Porto

O presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores, Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte diz à  Lusa que se prevê "o encerramento de 60 a 70% de escolas no Porto" devido à greve dos trabalhadores não docentes.

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Na Escola Filipa de Vilhena, no centro da cidade do Porto, que encerrou, Carlos Guimarães, que é também vice-secretário geral da Federação Nacional de Educação (FNE), explicou que o protesto visa, entre outras reivindicações, exigir "a integração dos precários e uma carreira específica".

A greve é convocada por estruturas sindicais afetas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física para os alunos do 2.º ano de escolaridade.

À porta da Filipa de Vilhena concentravam-se dezenas de alunos a decidir o que fazer com "um dia livre de aulas, longe dos professores chatos".

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"Ainda bem que há greve, assim não temos aulas e não temos de aturar professores que não gostamos", afirmou Ricardo Pinto, acrescentando que o seu grupo de amigos irá "dar uma volta" e eventualmente "almoçar no Mac".

Ambiente diferente, no que se refere à concentração de alunos, vivia-se junto à Escola Clara de Resende, na zona do Bessa, que também encerrou devido à greve.

Segundo explicaram os poucos pais e alunos que iam passando, "já todos sabem que em dias de greve como esta, a escola não funciona. Muitos já nem vêm, outros passam de carro e seguem".

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Junto à Clara de Resende, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves, disse aos jornalistas que a expectativa é de que "esta greve vá ter uma adesão muito forte".

"Os trabalhadores sentem de facto as suas expectativas defraudadas, este Governo prometeu muito e cumpriu muito pouco, nomeadamente no que diz respeito à precariedade dos trabalhadores", sublinhou.

Apesar de ainda ser cedo, porque as escolas abrem cerca das 08:30, Orlando Gonçalves admitiu que a maior parte das sedes dos agrupamentos escolares do porto irão estar encerradas.

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