Força Aérea dá passo para o espaço com compra de satélite
Tecnologia de última geração permite obter imagens sob quaisquer condições meteorológicas.
A Força Aérea Portuguesa adquiriu o seu primeiro satélite à empresa Iceye, que vai aumentar as "capacidades nacionais de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) a partir do espaço". Trata-se de um satélite Radar de Abertura Sintética (SAR) de última geração, que dá capacidade de observação em todas as condições meteorológicas, de dia e de noite, garantindo a monitorização de todo o território independentemente das condições ambientais.
Segundo a Força Aérea "a posse direta de um satélite permite total controlo e flexibilidade sobre a aquisição de dados e o planeamento de missões, permitindo uma resposta rápida a missões militares, desafios de segurança marítima, monitorização ambiental e salvaguarda dos interesses nacionais, incluindo a proteção da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal e dos seus recursos naturais".
Este será o primeiro satélite totalmente detido pela Força Aérea Portuguesa e o segundo a ser operado pela Instituição. Estes dois satélites são os primeiros da futura Constelação do Atlântico, um projeto de Portugal e Espanha, que contará com um conjunto de satélites capazes de fornecer imagens de alta e muito alta resolução. O lançamento está previsto para fevereiro de 2026.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea esclarece que “este é um momento histórico para Portugal em geral e para a Força Aérea Portuguesa em particular". Ao adquirir capacidades próprias para operar no espaço, a Força Aérea entra numa nova dimensão, onde o Espaço substituiu o céu como a nova fronteira operacional. Esta inovação tecnológica reforça a capacidade autónoma da Força Aérea para garantir a vigilância permanente do território nacional – em terra, no mar e no ar – sob quaisquer condições meteorológicas. Este novo equipamento vai aumentar a capacidade da Força Aérea de conduzir operações militares com maior precisão e eficácia, apoiando também a gestão de emergências e a utilização sustentável dos recursos”, afirma o General João Cartaxo Alves.
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