Ex-chefe da seita Verdade Suprema executado no Japão

O ex-chefe da seita Aum Shinrikyo (Verdade Suprema), Shoko Asahara, que foi condenado à morte pelo ataque com gás sarin no metro de Tóquio em 1995, foi executado na manhã desta sexta-feira, confirmou fonte oficial do Governo japonês.

Segundo o jornal Bangkok Post, outros 12 membros da seita estão no corredor da morte e serão enforcados. Um porta-voz do Governo confirma apenas a execução de Asahara.

Os 13 elementos do grupo estão no corredor da morte há mais de uma década pelo ataque que matou 13 pessoas e feriu milhares. 

O enforcamento de Shoko Asahara foi a primeira execução resultane da condenação dos 13 elementos. 

A chefe de gabinete Yoshihide Suga disse esta sexta-feira que as autoridades estão a tomar todas as precauções para evitar qualquer retaliação por parte dos seguidores do ex-líder.

O ataque que chocou a capital japonesa

O primeiro sinal foi um cheiro parecido com o da tinta. Rapidamente vários passageiros começaram a tossir incontrolavelmente, lembrou Sakae Ito que estava no local naquele dia.A polícia foi alertada pela primeira vez logo depois das 8h da manhã e o pânico instalou-se, com trabalhadores do metro a gritar para que as pessoas saíssem. 

"O líquido estava espalhado no chão no meio da carruagem, as pessoas estavam a sofrer convulsões. Um homem estava encostado num poste, de camisa aberta, e fluídos corporais estavam a ser expelidos pelo corpo", afirma em declarações dadas ao jornal tailandês.

Na sequência do ataque, o ex-chefe da seita Verdade Suprema foi condenado à morte depois de um longo processo durante o qual o condenado teceu monólogos incoerentes em inglês e japonês.Quem é Shoko Asahara

Nasceu em 1955 na ilha de Kyushu, no sudoeste do país. Em 1980 mudou o seu nome, altura em que o culto Verdade Suprema estava a dar os primeiros passos. O ex-chefe era cego e considerado um homem carismático. Essa sua característica atraia novos recrutas para o culto apocalíptico que ele desenvolveu nos anos 80.Agora, após a sua morte, os especialistas temem um sucessor, possivelmente seu segundo filho.