PS considera "infantil" e "absurdos" avisos de Passos

O PS considerou esta quinta-feira "infantil" e "absurdo" o aviso feito pelo ex-primeiro-ministro Passos Coelho de eleições antecipadas num cenário de divergências à esquerda, e advertiu que se PSD e CDS-PP se excluírem politicamente serão partidos marginais.

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pelo presidente do PS e líder parlamentar socialista, Carlos César, depois de confrontado com o teor do discurso proferido pelo presidente do PSD na sessão de encerramento do debate do programa do XXI Governo Constitucional.

"Na condição de deputado, o ex-primeiro-ministro pretende agora que o país vote tantas vezes até que ele possa ganhar uma eleição. É uma proposta infantil, absurda e acho que não fará história", declarou Carlos César.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu depois que a principal preocupação dos portugueses "é ter um Governo que governe bem e não querem mais manobras e mais fatores de desestabilização".

"Há algo que deve animar sempre a conduta política: Todos nós temos a obrigação de fazer o melhor que sabemos e podemos pelo país e se nos recusamos a fazer isso por ciúme ou contrariedade fundado no agastamento partidário, então estamos a faltar para com o interesse nacional", referiu, antes de deixar um aviso a sociais-democratas e centristas.

"Se o PSD e o CDS-PP se excluírem da vida política e se transformarem em partidos marginais, também ficarão marginais perante os portugueses", advertiu o presidente do PS.