IGAS iliba INEM de mais uma morte durante greve
Caso de mulher, de 73 anos, de Montemor-o-Velho. Chamada para o 112 foi feita 21 minutos após ter sido encontrada inconsciente.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde 'ilibou' o INEM de mais uma morte alegadamente ligada a atraso no socorro durante a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar. É a sétima decisão neste sentido. Segundo a IGAS, o caso diz respeito à morte de uma mulher de 73 anos, residente em Montemor-o-Velho, no dia 4 de novembro de 2024.
No resumo do relatório, a IGAS conclui que "não é possível o estabelecimento de um nexo de causalidade entre a demora no atendimento da chamada de socorro pelo CODU e o desfecho fatal, uma vez que o contacto para a linha 112, só foi feito passado 21 minutos depois da vítima ter sido encontrada inconsciente e sem respirar. A peritagem médica referiu que em caso de paragem cardiorrespiratória as manobras de reanimação devem ser iniciadas de imediato e que ao fim de dez minutos sem esta atuação a recuperação é praticamente impossível".
Até agora, dos 12 processos de inquérito abertos, em dois foi considerado que se o socorro tivesse sido atempado, as mortes poderiam ter sido evitadas. Em sete não foi encontrado nexo de causalidade entre os óbitos e a greve.
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