Leiria aprova projeto ‘Hortas Verdes’

A Câmara de Leiria vai disponibilizar, a partir de abril, 83 talhões que os munícipes poderão arrendar para poderem desenvolver agricultura biológica, num projeto denominado 'Hortas Verdes' que, dependendo da adesão, poderá aumentar para novos espaços.

Lino Pereira, o vereador com o pelouro dos espaços verdes, explicou que, na sequência da aprovação do regulamento, por maioria, em Assembleia Municipal, as pessoas vão poder inscrever-se, sendo depois feita uma seleção de quem vai ocupar cada um dos talhões, com uma área média de 35 metros quadrados. "Julgamos que em abril teremos pessoas a trabalhar nas hortas", disse Lino Pereira, adiantando que, a crer pelas pessoas que procuram informação, o projeto vai ter adesão.

Se houver uma grande adesão, além dos dois espaços - no antigo horto municipal e uma área junto à urbanização Gordalina - onde vão ser disponibilizados os talhões nesta fase, o vereador admite estender as "Hortas Verdes" a outras áreas.

Segundo informação da Câmara de Leiria, "a adoção de boas práticas agrícolas, com especial relevância para as práticas culturais biológicas, bem como um meio de apoio à subsistência alimentar das famílias, são duas das ideias que fundamentam a iniciativa".

O ‘Hortas Verdes’ quer “promover o autoconsumo de alimentos produzidos" e "incentivar hábitos de vida saudáveis, através do contacto com a natureza e a prática de atividades ao ar livre". A autarquia acrescenta que o projecto procura "combater o 'stress' e o sedentarismo, e promover a manutenção de relações sociais e espírito de comunidade".

Os beneficiários dos talhões terão, obrigatoriamente, de ter formação inicial em agricultura biológica, a disponibilizar pelo município, sendo que pode ser candidato às hortas qualquer pessoa que não possua terreno próprio na sua área de residência, no concelho de Leiria.

"A seleção será realizada de acordo com a ordem de inscrição, a proximidade de residência ao local da horta e a disponibilidade de talhões da autarquia", informa a câmara, referindo que "a renda mensal inicial foi estabelecida em oito euros, valor que se manterá durante os primeiros 12 meses". Após este período, refere o município, "a equipa gestora do projeto procederá ao cálculo da média das despesas realizadas com a conservação e manutenção do espaço, de forma a reajustar o montante e estabelecer a renda mensal definitiva".