Tufão mata cinco pessoas em Macau

Vítimas não são portuguesas. Há ainda 153 feridos e dois desaparecidos.

23 de agosto de 2017 às 07:55
Imagens da passagem do tufão Hato por Macau Foto: Twitter
Imagens da passagem do tufão Hato por Macau Foto: Twitter
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Imagens da passagem do tufão Hato por Macau Foto: Facebook
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O tufão mais violento dos últimos 18 anos em Macau causou esta quarta-feira pelo menos cinco mortos e 153 feridos e deixou um rasto de destruição e caos na cidade.

Dezenas de árvores derrubadas, andaimes, cercas, anúncios de estabelecimentos e janelas arrancados, várias zonas do território inundadas e danos em edifícios são o cenário da passagem do tufão Hato.

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O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno, disse à Lusa que "nenhuma vítima mortal é cidadão português", e acrescentou desconhecer, até ao momento, a existência de portugueses entre os feridos.

A Escola Portuguesa de Macau sofreu os "maiores danos de sempre", com a queda de dois muros exteriores, incluindo um mural do artista português Vhils, além de árvores, janelas e portas partidas, disse à Lusa a vice-presidente, Zélia Baptista.

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A ala nova da escola foi "bastante afetada por placas que voaram do [casino] Grand Lisboa", situado a poucos metros, acrescentou.

Grande parte da cidade continuava sem eletricidade, pelas 21h30 (14h30 em Lisboa), o que levou o Centro Hospitalar Conde de São Januário, o único hospital público de Macau, a recorrer ao "gerador 'backup' para o fornecimento de iluminação de emergência e eletricidade, tendo assim os serviços básicos sido assegurados".

Às 09h00 (02h00 em Lisboa), os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau emitiram o sinal 8 de tempestade tropical, quando o Hato se encontrava a aproximadamente 110 quilómetros a sudeste de Macau, encaminhando-se para a costa oeste da província vizinha de Guangdong, na China.

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Pela primeira vez, desde o início do ano, foi içado o sinal 8 de tempestade tropical em Macau, obrigando escolas, serviços públicos e transportes a parar.

As ligações entre a península de Macau e a ilha da Taipa, os serviços aéreos e marítimos entre o território e o exterior foram suspensas e as fronteiras encerradas. 

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Às 11h30 (04h30), o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo da escala, foi içado, o que já não acontecia desde 1999. Nesta altura, o tufão Hato estava a cerca de 50 quilómetros a sueste de Macau. 

A intensidade do tufão originou um corte de energia que afetou parcialmente os serviços de telecomunicações, que ainda não foram restaurados. 

Só pelas 19h00 (12h00), o Centro de Operações da Proteção Civil (COPC) de Macau anunciou a reabertura das pontes que ligam a cidade à Taipa e o reinício das ligações marítimas e aéreas. 

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As instalações dos postos fronteiriços da Flor de Lótus e da Zona Industrial Transfronteiriça da parte de Zhuhai, adjacente a Macau, sofreram danos e as autoridades remeteram o anúncio da reabertura para data posterior. 

Na mesma mensagem, o COPC informou que ainda não tinham sido reabertas as instalações danificadas do terminal marítimo do Porto Exterior e do Pac On, na Taipa. 

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Até às 17h50 (10h50), o COPC tinha registado 207 incidentes, incluindo 41 casos de quedas de anúncios, toldos, placas metálicas, varas de ferro e janelas, 44 casos de quedas de fios de antenas e árvores e seis casos de quedas de andaimes. 

As zonas do Porto Interior e da Ilha Verde registaram inundações, acrescentou o COPC. 

Os sinais de tempestade foram todos desativados pelas 21h30 (14h30), de acordo com os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau. 

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A população de Macau ronda os 650 mil habitantes. A comunidade portuguesa é composta por cerca de 15 mil pessoas. 

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