Médicos Sem Fronteiras pedem inquérito a ataque
Guerra no Afeganistão.
A presidente dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigiu esta quarta-feira a constituição de uma comissão de inquérito internacional ao bombardeamento norte-americano ao hospital de Kunduz, no norte do Afeganistão, alegando que foi "ataque contra as Convenções de Genebra".
"Este não foi somente um ataque ao nosso hospital, foi um ataque à Convenção de Genebra. Isto não pode ser tolerado", disse Joanne Liu aos jornalistas, em Genebra.
Joanne Liu declarou não ter "confiança num inquérito militar interno" e exigiu a constituição de "uma comissão internacional humanitária para investigar o ocorrido", um dispositivo previsto pela Convenção de Genebra, que estabelece as regras do direito humanitário nas guerras.
O bombardeamento do hospital de Kunduz, gerido pelos Médicos Sem Fronteiras, na madrugada de sábado, fez 22 mortos, incluindo três crianças.
A MSF assegurou que "todas as partes" em conflito conheciam as coordenadas do hospital e pediu uma investigação independente.
Na terça-feira, o general norte-americano John Campbell, chefe da missão da NATO no Afeganistão, disse que o hospital foi bombardeado "por erro", num ataque decidido pela cadeia de comando norte-americana.
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