Na Herdade do Rocim os detalhes contam para vender qualquer vinho

Branco alentejano feito num território mais fresco por receber a influência de brisas marinhas vindas do atlântico.

06 de março de 2018 às 20:14
O vinho de 2017 é feito com as castas Antão Vaz, Arinto e Viosinho. Custará cerca de 11 euros Foto: Sérgio Claro
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Quando uma empresa produz vinhos de qualidade a partir de uma cultura organizacional muito exigente, o que poderá fazer para melhorar os seus produtos? Muito pouco.

Pior ainda. Quando essa mesma empresa produz vinhos de qualidade num mercado com muitos vinhos de qualidade, em que áreas poderá melhorar? Em muito poucas, claro.

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No caso da Herdade do Rocim, a equipa liderada por Catarina Vieira sabe que uma boa história – e quando dizemos boa história não estamos a falar de historietas – ajuda a vender vinho. E, por vezes, basta uma pequeníssima história.

No caso deste branco Herdade do Rocim 2017, o rótulo e o contrarrótulo registam a imagem da ‘Linaria Ricardoi’, que é uma pequena planta alentejana que está em vias de extinção por causa dos pesticidas e da pressão dos rebanhos de pequenos ruminantes.

Ora, como os processos de cultivo na Herdade do Rocim respeitam os equilíbrios ambientais, a plantinha que dá umas flores lilases e amarelas tipo focinho de coelho ficam muito bem no rótulo das garrafas. Ou seja, o vinho em si é muito bom por revelar aromas interessantes de frutos tropicais e algumas notas cítricas, com uma boca fresca e gulosa, mas, lá está, vem com uma história que pode dar conversa caso queiramos levar uma destas garrafas para um jantar em casa de amigos.

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