Negam burla a emigrante que emprestou dinheiro para compra de lar
Dois advogados e a mãe de um deles julgados no Tribunal da Marinha Grande.
Os dois advogados acusados de burla qualificada a um emigrante de 71 anos negaram esta terça-feira ao Tribunal da Marinha Grande ter praticado o crime, mas a outra arguida no processo, mãe de um deles, assumiu ter recebido 180 mil euros destinados a sinalizar a compra de um lar em Palmela e o negócio não se ter concretizado. O lesado, José Vaz Fernandes, reclama 232985 euros.
Edgar Monteiro, de 27 anos, foi o primeiro arguido a ser ouvido, tendo dito ao Tribunal não saber "pormenores do negócio" e que se limitou a dar acesso da conta à mãe, por ela estar insolvente. Na altura estudava Direito, em Coimbra, e "não verificava a conta bancária".
Atualmente é advogado, bem como outra arguida, Sandra Correia, de 52 anos, que descreveu como "normal" a relação que o seu escritório mantinha com o lesado há vários anos, que era seu cliente e acompanhou em vários processos. Do dinheiro para a compra do lar, apenas se limitou a fotocopiar os cheques que o emigrante entregou à outra arguida, Célia Dias, de 56 anos, que assumiu ter recebido 180 mil euros.
"Por motivos que me ultrapassam o negócio não aconteceu e eu fiquei com o 'menino nas mãos'", disse a arguida, explicando ter entregue o dinheiro em numerário a um sócio, que não é arguido no processo.
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