Negociadores culpam deficiências na aplicação do acordo de paz pela crise em Moçambique

13 de julho de 2014 às 09:35
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O ex-número dois da Renamo, o principal partido da oposição moçambicana, Raul Domingos e o antigo ministro da Informação moçambicano Teodato Hunguana defendem que a crise no país resulta das "deficiências de implementação" do Acordo Geral de Paz.

Em entrevista à Lusa, Raúl Domingos, que liderou a delegação da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) às negociações que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 04 de outubro de 1992, que acabou com 16 anos de guerra civil, afirmou que a crise política e militar que o país enfrenta tem a sua génese na "não efetiva implementação" do pacto por parte do Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

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"O que está a acontecer é o resultado da não efetiva implementação do AGP, que não está a ser devidamente implementado e isso está a trazer estas consequências", declarou Raul Domingos, que atualmente lidera o extraparlamentar Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), após ter sido expulso da Renamo, em 2000, por desentendidos com o líder daquele partido, Afonso Dhlakama.

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