Nove estudantes guineenses no Sudão já se encontram no Egito a caminho de Bissau
Viagem realizou-se num autocarro fretado pelo Governo senegalês.
Os nove estudantes guineenses que se encontravam na Universidade Internacional de África, no Sudão, já estão no Egito, tentando chegar a Bissau, à boleia das autoridades senegalesas, anunciou esta sexta-feira a Confederação Nacional das Associações Estudantes da Guiné-Bissau (Conaeguib).
Em comunicado enviado à Lusa, a confederação, plataforma que junta associações de estudantes guineenses no país e que também cuida daqueles que estudam fora da Guiné-Bissau, revela que tem estado em contacto com os colegas "que passam por situações difíceis".
"No passado dia 22 de abril um grupo de nove estudantes guineenses no Sudão, liderado por Muhamad Lamino Djaló, entrou em contacto com a Conaeguib a explicar que estavam na zona do conflito entre o exército do Sudão e os paramilitares", indicou a nota da organização juvenil.
No mesmo dia, relata-se ainda na nota, citando Lamino Djaló, o grupo de estudantes guineenses, à boleia dos colegas do Senegal, que, entretanto, mandou retirar os seus alunos na Universidade Internacional de África, em Cartum, deslocou-se para a zona da fronteira com o Egito.
A viagem realizou-se num autocarro fretado pelo Governo senegalês, conta a confederação.
A mesma fonte indicou que o grupo só chegaria ao posto da fronteira entre o Sudão e o Egito na localidade de Ardjun, no dia 25 de abril, tendo sido retido por, alegadamente, o aluguer da viatura não ter sido pago.
Citando relatos de Lamino Djaló, o grupo de estudantes guineenses já se encontra no Egito à espera de informações sobre o dia e o meio de transporte a utilizar para seguir viagem em direção ao Senegal e de lá para a Guiné-Bissau.
A confederação lamenta que o Ministério dos Negócios Estrangeiros que também trata das comunidades guineenses tenha avançado com a informação de que os estudantes no Sudão já tinham sido retirados daquele país, palco de violentos confrontos armados desde a semana passada.
A organização estudantil pede ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que estabeleça melhor a sua linha de comunicação com os alunos no Sudão que, defende, devem ser ajudados para que "rapidamente cheguem ao país em segurança".
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