O fascinante mundo das grutas

Esta é uma proposta para todos aqueles que procuram conciliar o belo com a aventura. Uma descida às entranhas da Terra.

15 de fevereiro de 2018 às 12:43
Glaciar Vatnajök-ull, na Islândia Foto: Anna Om
A gruta de Phraya Nakhon Foto: Getty Images
A gruta de Devetashka Foto: Getty Images
A Gruta de Fingal Foto: Getty Images
Grutas de Skocjan Foto: Getty Images
Ajanta Foto: Getty Images
A gruta de Son Doong Foto: Getty Images
O Antelope Canyon Foto: Getty Images
Algar de Benagil, em Lagos Foto: Getty Images

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A proposta deste artigo é fazermos uma viagem por algumas das grutas mais bonitas do Mundo. Um trajeto que envolve países da Europa, América e Ásia. As propostas são variadas, embora todas tenham um ponto em comum; a surpresa de quem as visita perante a beleza natural e grandiosidade.

E neste roteiro nem falta uma em Portugal, no Algarve, distinguida por uma revista de viagens internacional como uma das mais impressionantes.

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Se pretende conhecer algo diferente, se tem espírito de aventura, estas são sugestões para si.

Paisagem em mutação

o glaciar Vatnajök-ull, na Islândia, é a maior massa de gelo deste país nórdico. As grutas neste bloco têm uma fisionomia única e parecem formadas por bolhas de água azul- -turquesa. Nas extremidades encontram-se fendas que são um portal para um novo mundo, com palácios de gelo retro-iluminados. Integram o Parque Nacional Vatnajökull, situado a 330 quilómetros da capital, Reiquiavique.

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Apenas se pode ter acesso às grutas no inverno, entre os meses de novembro e março. A paisagem varia todos os anos, já que durante o verão algumas partes colapsam e formam novas cavernas e salões.

Em honra do rei

Um dos marcos mais místicos da Tailândia, a gruta de Phraya Nakhon está escondida num espaço difícil de alcançar, mas aqueles que se fazem ao caminho são recompensados com uma visão deslumbrante.

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Localizada no Parque Nacional Khao Sam Roi Yot, o primeiro passo para chegar à gruta é dirigir-se à aldeia de Bang Pu e, a partir daí, decidir se prefere alugar um barco para levá-lo para a praia de Laem Sala ou fazer uma caminhada de 30 minutos. O valor da viagem ronda os 200 baht (qualquer coisa como 5 euros) e considerando ser ainda necessário escalar uns íngremes 430 metros, essa é a melhor opção.

Chegado ao local, não imagine encontrar um assustador poço escuro, já que a luz do sol cai do tecto aberto. Um caminho de madeira liga a uma segunda gruta e, aí, encontra-se o pavilhão Kuha Kharuehat, iluminado por uma abertura circular. Situado numa colina, foi construído no final do século XIX para a visita do rei Chulalongkorn, o Grande.

História repleta

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A gruta de Devetashka, na Bulgária, abrigou grupos desde o final do Paleolítico. Monumento natural desde 1996, é o lar de cerca de 30 mil morcegos. Está localizada perto da vila de Devetaki, a 172 quilómetros da capital, Sófia.

Apresenta sete buracos no tecto, através dos quais penetra a luz que ilumina a sala central. Nos anos 50 do século passado, estudos demonstraram que a gruta foi habitada, a intervalos, durante quase todas as épocas históricas.

A entrada tem uma largura de 35 metros e 30 de altura. Expande-se 40 metros e depois forma uma ampla sala com uma área de 2400 metros quadrados. A altura é de 60 metros, nalguns casos chega aos 100. Desde a sala central, a gruta ramifica-se e a ala esquerda tem mais de dois quilómetros de comprimento.

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Grandes colunas

A gruta de Fingal é uma caverna marinha que integra uma reserva na ilha desabitada de Staffa, ‘Ilha dos Pilares’, nas ilhas Hébridas, Escócia. É uma gigantesca plataforma de pedra sustentada por colunas naturais de basalto hexagonal. A sua origem deu-se devido a um fluxo de lava similar em estrutura à Giant’s Causeway, A Calçada dos Gigantes, na Irlanda do Norte. A dimensão e tecto de arcos naturais, em conjunto com os ecos das ondas, produzem um ambiente de catedral.

Rico património

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as Grutas de Skocjan, situadas na região do Carso, no sudoeste da Eslovénia, são um sistema de grutas e passagens subterrâneas com mais de seis quilómetros de comprimento e 200 metros de profundidade. Criadas pela erosão do rio Reka, formam um dos principais desfiladeiros subterrâneos do Planeta. Escavações revelaram que o sítio foi ocupado por mais de dez mil anos. As grutas são património Mundial da Unesco desde 1986.

Um destino turístico de eleição

Ajanta é um conjunto de grutas com pinturas rupestres de inspiração budista, localizadas no estado de Maharashtra, na Índia. Remontam ao século II a.C. e são um testemunho da história religiosa do budismo, durante um período de 700 anos. Os artesãos esculpiram de forma meticulosa obras de arte na rocha vulcânica de basalto. São consideradas património da Unesco desde 1983 e um dos principais destinos turísticos da Índia.

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A maior gruta da terra

Abriu ao público em 2013, após ter sido explorada em 2009 e 2010. A gruta de Son Doong, no Vietname, está localizada a 500 km a sul de Hanói. Considerada a maior gruta do Mundo, o seu nome significa Rio da Montanha. Tem mais de 200 metros de largura, 150 de altura e nove quilómetros de comprimento. Forma uma rede com cerca de 150 cavernas.

Beleza na nação Navajo

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O Antelope Canyon, o Desfiladeiro do Antílope, está localizado em terras da nação navajo, no Arizona, Estados Unidos. Consiste em duas formações separadas, o Antelope Canyon Superior e o Inferior. Foi formado pela erosão do arenito, em particular devido a inundações. É uma localização popular para fotógrafos e comuns viajantes.

Orgulho no sul do País

A revista ‘Condé Cast Traveller’ divulgou o ano passado uma lista daquelas que considera serem as mais bonitas grutas do Mundo. Entre o lote encontra-se uma portuguesa, o Algar de Benagil, em Lagos. Um algar é uma cavidade natural formada pela erosão e, neste caso, a sua beleza é proporcionada pela fissura circular no tecto por onde entram os raios solares. Qualquer coisa como uma espécie de luz de holofote em permanente alteração. Há possibilidade de aceder ao local de barco ou mesmo a nado.

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