"O Pelicano", de Strindberg, sexta-feira no Teatro Municipal de Almada

19 de fevereiro de 2015 às 16:41
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A "peça maldita" de August Strindberg, "O Pelicano", numa versão que privilegia "o desenterrar das palavras ditas, sem cair no melodramático", como a caracterizou à Lusa o encenador Rogério de Carvalho, regressa sexta-feira ao Teatro Municipal de Almada.

"Fazer com que o espetador veja todo o processo de desenvolvimento interior das personagens, o lado inacessível do ser humano que, quando perde a noção de racionalidade, o pode levar a atingir o nível mais animalesco e cruel", foi, segundo o encenador, a base do trabalho que dirigiu a convite do antigo director da Companhia de Teatro de Almada (CTA) Joaquim Benite, que estreou na cidade em setembro de 2013 e que agora volta àquele palco da margem sul.

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Para Rogério de Carvalho, "O Pelicano" é uma peça que, "através da humilhação, da mentira e da crueldade fatal que caracteriza quase todas as personagens, Strindberg [1849/1912] acaba por desmistificar, desconstruir e deitar por terra todo o mito do instinto maternal, arrasando também o conceito moderno, burguês e capitalista de família".

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