As reações à morte de Shimon Peres

Principais líderes mundiais já expressaram o seu pesar pela morte do israelita.

28 de setembro de 2016 às 05:27
Benjamin Netanyahu, Shimon Peres, Israel, Bill Clinton, Barack Obama, François Hollande, Joachim Gauck, morte, diplomacia, interesse humano, questões sociais, política Foto: Reuters
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Netanyahu expressa "profundo pesar" por morte de "filho pródigo" de Israel

"O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e a sua mulher, Saram, expressam o seu profundo pesar pessoal pelo desaparecimento do filho pródigo da nação, o ex-Presidente israelita Shimon Peres", lê-se num comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro.

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No mesmo comunicado indica-se que Netanyahu tem previsto liderar uma reunião especial do seu gabinete de ministros, durante a qual pronunciará um discurso sobre o estadista, que morreu hoje aos 93 anos, no hospital, duas semanas depois de sofrer um acidente vascular cerebral.

Ban Ki-moon elogia "trabalho incansável" pela solução de dois Estados

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou hoje o "trabalho incansável" de Shimon Peres para chegar a um acordo de paz prevendo a coexistência de dois Estados, israelita e palestiniano.

"Trabalhou incansavelmente por uma solução de dois Estados que permitiria a Israel viver em segurança e harmonia com os palestinianos e a restante região", disse Ban sobre Peres, que morreu hoje aos 93 anos.

"Mesmo nas horas mais difíceis, ele permaneceu otimista quanto às perspetivas de reconciliação e paz", acrescentou num comunicado.

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Ban concluiu manifestando a esperança de que a determinação de Shimon Peres guie todos aqueles que "trabalham para garantir a paz, a segurança e a dignidade de israelitas, palestinianos e todos os povos da região".

Marcelo evoca "paladino da Paz e da Concórdia"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou hoje Shimon Peres como "um paladino da Paz e da Concórdia", lamentando a morte, aos 93 anos, do chefe de Estado israelita.

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"Foi com enorme tristeza que recebi a notícia da morte de Shimon Peres, um paladino da Paz e da Concórdia, valores que sempre o orientaram nos vários cargos políticos que desempenhou no seu país, de que era aliás um dos pais fundadores, Prémio Nobel da Paz e defensor da coexistência pacífica dos dois Estados de Israel e da Palestina", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa nota publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou "profundamente" o facto de já não ser possível receber Shimon Peres a 20 de outubro próximo como estava previsto.

O Presidente da República Portuguesa endereçou ainda à família de Peres e ao Estado de Israel as mais sentidas condolências.

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Bill Clinton: Um "génio de grande coração" 

O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton descreveu esta quarta-feira o ex-chefe de Estado israelita Shimon Peres, que morreu esta madrugada aos 93 anos, como "um génio de grande coração".

Clinton, que supervisionou a assinatura dos acordos de Oslo entre israelitas e palestinianos, homenageou o "fervoroso defensor da paz, da reconciliação e de um futuro em que todas as crianças de Abraão construirão um amanhã melhor".

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"Nunca vou esquecer o quão feliz ele estava há 23 anos quando assinou os acordos de Oslo na Casa Branca, anunciando uma era mais esperançosa para as relações israelo-palestinianas", realçou Clinton, num comunicado.

George H.W.Bush fala da "inata humanidade" de Peres

George H. W. Bush, presidente dos EUA de 1989 a 1993, destacou em comunicado que Peres ajudou, numa ou outra vez, a guiar Israel por caminhos cheios de "desafios mortais", apesar de também recordar a sua dedicação "à nobre causa da paz".

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"Foi com a sua inata humanidade, a sua decência que Shimon inspirou o mundo inteiro e ajudou a pavimentar um caminho rumo à paz suficientemente amplo para que futuras gerações caminhem juntas um dia", apontou Bush.

Barack Obama: "Inabalável força moral e persistente otimismo"

O Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, homenageou o ex-presidente israelita Shimon Peres, que morreu hoje aos 93 anos, como um "amigo" que nunca desistiu do sonho de alcançar a paz.

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"Existem poucas pessoas com as quais partilhamos este mundo que mudaram o curso da história humana (...). O meu amigo Shimon foi uma delas", disse Barack Obama, citado num comunicado da Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos destacou ainda que o compromisso de Shimon Peres para com a segurança e procura pela paz de Israel estava "enraizado na sua inabalável força moral e persistente otimismo".

Vladimir Putin sublinha "coragem e patriotismo" de Shimon Peres

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O Presidente russo, Vladimir Putin, distinguiu hoje numa mensagem de condolência a "coragem e o patriotismo" do antigo primeiro-ministro israelita, Shimon Peres, que morreu hoje, aos 93 anos.

"Tive o privilégio de falar com esta pessoa extraordinária muitas vezes. Admirei em todas as vezes a sua coragem e patriotismo, a sua sensatez e visão, a sua capacidade de apreender a essência dos assuntos mais difíceis", afirmou Putin na mensagem divulgada pelo Kremlin.

Hollande destaca um dos "mais fervorosos defensores da paz"

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"Shimon Peres pertence agora à História, que foi a companheira da sua longa vida", escreveu Hollande, num comunicado.

"Com o desaparecimento de Shimon Peres, Israel perde um dos seus mais ilustres estadistas, a paz [perde] um dos seus mais fervorosos defensores e a França um amigo fiel", sublinhou Hollande, que se reuniu com o Nobel da Paz pela última vez a 25 de março.

Jemi Peres: "O meu pai amou Israel até ao último suspiro"

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"Não teve outro interesse que não o de servir o povo de Israel, tanto que acreditava e amou-o até ao último suspiro", disse Jemi Peres, ao ler um comunicado no hospital Shiva, da localidade de Tel Hashomer, perto de Telavive, onde hoje morreu o estadista.

O filho de Peres leu -- em hebreu e em inglês -- uma declaração em que realçou que o seu pai "fez parte da geração dos fundadores de Israel e serviu o Estado desde o dia da sua fundação até ao seu último dia" de vida.

Presidente alemão recorda "forte vontade" no compromisso pela paz

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"Gostaria de vos manifestar, assim como ao povo israelita (...), as minhas profundas condolências", escreveu o Presidente alemão numa carta endereçada ao seu homólogo israelita, Reuven Rivlin.

"Shimon Peres marcou Israel como nenhum outro político. Serviu o seu país em diferentes funções -- com sólidos princípios como a segurança de Israel, e uma vontade forte de fazer avançar os processos de paz com os palestinianos", sublinhou.

Chefe da diplomacia da UE pede para se "honrar a sua memória"

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A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, disse hoje que a memória do ex-Presidente de Israel Shimon Peres pode ser honrada com um "compromisso diário com a reconciliação" e trabalhando na sua "solução de dois Estados".

"Só podemos honrar a sua memória através de compromisso diário com a reconciliação, preservando e continuando a sua visão de uma solução de dois Estados" para o conflito israelo-palestiniano, disse Mogherini, em comunicado.

A alta representante para a Política Externa da UE salientou ainda que Peres, que morreu hoje, aos 93 anos, "nunca perdeu a esperança na paz e nunca deixou de trabalhar para que esta esperança se tornasse realidade".

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"Mesmo nos piores momentos, a sua sagacidade, a sua ironia, a sua procura obstinada do diálogo foram uma fonte de inspiração para muitos em todo o mundo, incluindo eu mesma", salientou ainda Mogherini.

PSD recorda "político e estadista extraordinário"

O PSD recordou o prémio Nobel da Paz Shimon Peres, que morreu hoje aos 93 anos, como "um político e estadista extraordinário", que se situava "apaixonadamente ao centro numa parte do mundo onde os extremismos são frequentes".

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"Morreu Shimon Peres, aos 93 anos de idade. Discípulo de Ben Gurion e o último da geração dos fundadores do Estado do Israel, Shimon Peres foi um político e estadista extraordinário. Acima de tudo, foi um homem sábio", refere o PSD numa nota enviada às redações.

Segundo os sociais-democratas, o pensamento e a ação do ex-presidente de Israel "foram moldados por conceitos sólidos de justiça e moderação".

"Situava-se apaixonadamente ao centro numa parte do mundo onde os extremismos são frequentes", afirma.

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O PSD recorda o longo currículo de Shimon Peres: duas vezes primeiro-ministro, ministro da Defesa, dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, dos Transportes.

"Shimon Peres foi um patriota à procura da paz. Participou ativamente nos Tratados de Oslo, o primeiro grande passo para a busca da paz com os palestinianos", recorda.

Para os sociais-democratas, a biografia do ex-presidente de Israel "ainda está por fazer e mais proezas políticas e diplomáticas estão certamente por revelar".

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"A sua longevidade deixou muitas histórias em Israel. Conta-se que numa discussão com os seus adversários políticos, Shimon Peres terá dito: 'Não se preocupem, não me vou esquecer de morrer'. E nós, Partido Social Democrata de Portugal, nunca esqueceremos Shimon Peres. Obrigada", conclui o mesmo comunicado.

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