Dez mortos nos incêndios florestais do Chile

 As autoridades do Chile elevaram na quinta-feira para dez o número de mortes, ocorridas desde novembro, na sequência dos incêndios florestais no país, onde uma cidade ficou completamente devastada pelas chamas.

As chamas consumiram um posto dos correios, um jardim-de-infância e aproximadamente mil casas em Santa Olga -- a 360 quilómetros da capital chilena. Um corpo foi encontrado naquela cidade, onde outros 6.000 residentes conseguiram escapar ilesos dos incêndios.

"É uma situação extremamente grave -- um horror, um pesadelo sem fim. Está tudo queimado", afirmou Carlos Valenzuela, presidente da câmara da vizinha cidade costeira de Constitucion.

As autoridades descobriram outro corpo carbonizado no interior de uma casa destruída pelas chamas a cerca de 140 quilómetros a sul de Santa Olga, na cidade costeira de Concepcion, indicou a governadora da província homónima, Andrea Munoz.

Mais tarde, as autoridades informaram da morte de mais um bombeiro.

Os múltiplos incêndios, combatidos por milhares de bombeiros, soldados e voluntários, destruíram milhares de hectares de floresta, sobretudo na região do centro e do sul do Chile, obrigando também à retirada de milhares de pessoas.

A Presidente do Chile, Michelle Bachelet, decretou o estado de catástrofe natural no final da semana passada, destacou tropas e pediu ajuda internacional na sequência do que qualificou como "o pior desastre florestal" da história do país.

O maior avião de combate aos fogos do mundo, enviado pelos Estados Unidos, chegou na quarta-feira. Na quinta-feira, a Presidente do Chile indicou, através da rede social Twitter, que também espera uma outra aeronave procedente da Rússia.

O ministro do Interior chileno, Mahmud Aleuy, advertiu para a possibilidade de os fogos se intensificarem, dado que as previsões meteorológicas para os próximos dias apontam para temperaturas elevadas, ventos fortes e baixa humidade do ar.