Balsemão: democracia é um "edifício" que necessita de obras

O fundador do PSD frisou ainda que apesar de precisar de modificações, a democracia "não está gasta, nem ultrapassada".

16 de abril de 2015 às 20:58
pinto balsemao Foto: Bruno Colaço
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O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão afirmou, esta quinta-feira, que, 40 anos depois, a democracia é um "edifício" que necessita de obras de remodelação, ampliações, novas canalizações, painéis solares no telhado e sistemas de acesso a futuras tecnologias.

O também fundador do PSD frisou que, apesar de precisar de modificações, a democracia "não está gasta, nem ultrapassada".

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"A democracia não pode ser apenas formal e política, só existindo se for económica, social e cultural", afirmou durante a conferência "40 Anos da Assembleia Constituinte", no Porto.

Segundo Pinto Balsemão, para a revitalização da democracia é necessário "pôr de lado a mentalidade conservadora dos detentores dos poderes de todos os signos" que não conseguem rever uma constituição "desadequada da realidade" ou não conseguem produzir uma lei eleitoral que responsabilize os eleitos perante os eleitores.

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A "nova era da democracia" deve distinguir o "essencial do acessório", contar com "jovens e velhos", independentemente das suas escolhas ideológicas, e introduzir novas modalidades da participação política dos cidadãos que lutem contra o abstencionismo, entendeu.

Pinto Balsemão lembrou que existem "novas gerações de políticos" em todos os partidos aos quais é preciso "dar espaço e tempo" para se afirmarem.

"Quem tem menos de 40 anos tem de estar preparado para tomar os postos de comando, aliás quem acompanhou a comissão parlamentar de inquérito do BES concordará que existem hoje, em 2015, vários e várias jovens políticas com valor, garra e boa preparação", disse.

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