"Nehuma criança devia passar por isso", diz Harry sobre o funeral de Diana

Filho da 'Princesa do Povo' revela o sofrimento por que passou e como recuperou do trauma.

23 de junho de 2017 às 10:02
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
Funeral da Princesa Diana, em 1997 Foto: Getty Images
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Quando a Princesa Diana morreu, em 1997, os seus filhos, Harry, na altura com 12 anos, e o irmão William, de 15, caminharam atrás do caixão da mãe na marcha fúnebre, uma imagem que ficou na memória de quem viu um dos funerais mais mediatizados de sempre.

Quase a completar 20 anos, a morte da 'Princesa do Povo' causou um grande impacto na sociedade britânica, mas foram os filhos os que mais sofreram com a morte da Princesa de Gales.

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Em entrevista ao Newsweek, o príncipe Harry abriu as suas memórias para recordar o dia do funeral da mãe, que define como "traumatizante". Há meses, o filho mais novo de Diana e Carlos já tinha admitido que recorreu a terapia psicológica, já na idade adulta, para lidar com a morte da mãe.

"Quando a minha mãe morreu eu era muito novo. Na altura, tive que fazer uma longa caminhada atrás do caixão dela, ao lado do meu irmão (Príncipe Harry), do meu pai (Príncipe Carlos), do meu avô (Príncipe Philip, Duque de Edimburgo) e do Conde Spencer. À minha volta estavam centenas de pessoas e na televisão milhões de pessoas acompanhavam o momento. Foi muito violento. Não acho que nenhuma criança deva passar por isso, em qualquer circunstância", confessou à publicação. O funeral foi há 20 anos, mas a recordação desse dia ainda assombra o príncipe.

O membro da família real tocou ainda em assuntos delicados da sua vida e de algumas fases que denomina como mais "complicadas". Harry relembrou a vez em que foi fotografado todo nu numa discoteca em Las Vegas ou quando foi a uma festa vestido com a farda nazi. Harry admite que bebeu demasiado e fumou demasiado durante um largo período da sua vida. Mas conseguiu inverter o rumo.

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"A minha busca [pelo equilíbrio] começou quando eu estava no meio dos vinte anos. Precisava de corrigir os erros que estava a fazer". "A minha mãe morreu quando eu era muito novo. Eu não queria estar na posição em que estava, mas consegui tirar a minha cabeça da areia, começar a ouvir o que me diziam e decidi usar a minha posição para fazer o bem. Agora estou motivado e com energia, adoro fazer caridade, encontrar pessoas e fazê-las rir. Às vezes ainda sinto que vivo num aquário redondo, mas agora lido melhor com isso. Ainda tenho um lado negro, o que aprecio por que me faz compreender as pessoas que se metem em sarilhos", diz à Newsweek o príncipe, de 32 anos.

A Princesa Diana morreu no dia 31 de agosto de 1997, vítima de um acidente de carro em Paris.

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