Prisão preventiva para empresário apanhado com 180 quilos de efedrina em Moçambique
Substância é utilizada para o fabrico de drogas.
As autoridades moçambicanas legalizaram, na terça-feira, a prisão do empresário detido na cidade de Pemba, no norte do país, na posse de 180 quilos de efedrina, substância utilizada no fabrico de drogas, foi esta quinta-feira anunciado.
O juiz de instrução criminal na cidade de Pemba, capital provincial, determinou a prisão preventiva após o primeiro interrogatório, segundo o advogado do empresário, citado hoje pelo diário Notícias.
O produto foi apreendido no dia 02, distribuído por 18 sacos de 10 quilos, avançou, na altura, o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) em Cabo Delgado, Constantino Cipriano.
"Do exame realizado, a criminalística constatou que estamos diante de efedrina usada para o fabrico de drogas, tais como anfetamina e metanfetamina, atividade punida pela lei", acrescentou.
O Sernic acredita existir em Cabo Delgado um local onde o produto é transformado, considerando que, assim, nasce um novo desafio para a corporação.
Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor para o tráfico internacional de estupefacientes oriundos do Afeganistão, o principal produtor mundial de heroína e efedrina de origem vegetal, com destino aos mercados do hemisfério norte.
Esta é a terceira apreensão deste tipo em Pemba.
No final de janeiro, uma fragata da marinha francesa apreendeu 444 quilos de metanfetaminas e heroína num 'dhow' (embarcação à vela, artesanal, típica do Índico) no Canal de Moçambique (onde França tem algumas ilhas), num valor estimado superior a 40 milhões de euros.
Além disso, a polícia moçambicana deteve um homem na posse de 61 quilos de heroína e cinco de metanfetamina em Nacala Porto, na província de Nampula.
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