PSD quer explicações sobre limitação no acesso às urgências

Partido vai pedir audição urgente do Ministro da Saúde.

02 de fevereiro de 2017 às 17:12
Adalberto Campos Fernandes, Instituto Português de Oncologia, IPO, Lisboa, SNS, Serviço Nacional de Saúde, saúde, política, governo (sistema) Foto: Lusa
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O PSD anunciou esta quinta-feira que quer ouvir com urgência o ministro da Saúde no parlamento sobre um projeto-piloto de limitar o acesso às urgências apenas aos doentes encaminhados pela Linha Saúde 24 ou transportados por bombeiros ou INEM.

"Ontem [quarta-feira] fomos surpreendidos por uma declaração do ministro da Saúde que nos parece de extrema gravidade, uma vez que o sr. ministro, em resposta às dificuldades nas urgências hospitalares, admite avançar com uma medida limitando o acesso das pessoas às urgências", afirmou o deputado e vice-presidente da bancada do PSD Miguel Santos, em declarações aos jornalistas.

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De acordo com uma notícia publicada hoje no Correio da Manhã, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou na quarta-feira, num debate organizado pelo International Club of Portugal, que o projeto-piloto para descongestionar as urgências hospitalares do Porto e de Braga arranca a 07 de abril.

"De segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 20:00, os doentes não poderão ir à urgência a não ser através dos bombeiros, do INEM ou da Linha Saúde 24 (...) Serão educados para que vão ao centro de saúde", afirmou o ministro, citado pelo jornal.

Para o deputado do PSD, esta "é uma medida punitiva dos cidadãos, é uma medida que limita o direito constitucional de acesso dos cidadãos à saúde e uma medida desesperada", dizendo que não consta quer no programa de governo, quer em qualquer estudo conhecido.

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"O nosso entendimento é que não há horas para haver acesso as urgências hospitalares, não há meios para haver acesso às urgências hospitalares, todos os cidadãos têm de ter acesso às urgências hospitalares", defendeu o deputado, que coordena as questões da saúde na bancada social-democrata.

Por estas razões, anunciou, o PSD apresentará ainda hoje um requerimento para que o ministro da Saúde "venha urgentemente à Assembleia explicar, fundamentar, responsabilizar-se e assumir o anúncio que ontem [quarta-feira] fez desta medida".

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