Advogado de Sócrates: Carro "nunca passou de Espanha"

"Tudo o que têm contra ele são aldrabices", diz João Araújo.

22 de dezembro de 2014 às 13:55
João Araújo, advogado de Sócrates Foto: André Sanano/Lusa
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O advogado de José Sócrates, João Araújo, reafirmou esta segunda-feira, em Évora, que o carro do ex-primeiro-ministro "nunca passou de Espanha" e considerou que "tudo o que têm contra" o antigo líder socialista "são aldrabices".

"Reitero que o carro do engenheiro José Sócrates nunca passou de Espanha. É uma mentira. Tudo o que têm contra ele são aldrabices. Provas nenhumas, factos nenhuns", afirmou.

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João Araújo falava aos jornalistas à saída do Estabelecimento Prisional de Évora, onde esta segunda-feira voltou a reunir, durante cerca de uma hora e meia, com José Sócrates, que está a cumprir prisão preventiva há quase um mês.

Questionado sobre a entrevista à RTP do advogado de João Perna, o motorista de José Sócrates, João Araújo limitou-se a dizer que não é "desmentido por advogados" e que não viu "nenhum desmentido de nenhum advogado".

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"Não foi [um desmentido] e quem disser o contrário está a mentir", atirou João Araújo, sobre as alegadas viagens do carro de José Sócrates a Paris (França).

"Não aceita concessões"

O causídico assinalou, por outro lado, que o ex-primeiro-ministro "não aceita concessões nenhumas desta gente, muito menos do senhor diretor-geral", porque "não precisa, não as pede e não as aceita", referindo-se à possibilidade de serem abertas exceções ao horário de visita.

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"Se o Estado não tem condições de tratar decentemente os presos preventivos, não os tenha", disse.

Na sexta-feira, em entrevista ao Jornal da Noite da TVI, João Araújo afirmou que o alegado transporte pelo motorista João Perna de dinheiro para José Sócrates era "uma grosseira mentira".

Segundo o advogado, João Perna nunca terá saído de Portugal como motorista do ex-primeiro-ministro: "Foi uma vez a Badajoz fazer a revisão do carro. É aqui ao lado", ironizou.

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José Sócrates está preso preventivamente, há quase um mês, no Estabelecimento Prisional de Évora, por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, num caso relacionado com alegada ocultação ilícita de património e transações financeiras no valor de vários milhões de euros.

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