TAP: Jorge Miranda diz que privatização não devia ter sido fechada
Constitucionalista rejeita ainda a manutenção de um Governo em gestão.
O constitucionalista Jorge Miranda considerou esta terça-feira que o processo de venda da TAP não devia ter sido concluído na situação política atual, rejeitando a manutenção de um Governo de gestão e evidenciando a diferença em relação a 1987.
Em Lisboa, à margem da conferência "Portugal e a Defesa Nacional", Jorge Miranda disse aos jornalistas que "não é possível manter este Governo em gestão", sublinhando "uma diferença muito importante" em relação a 1987 - Cavaco Silva recordou segunda-feira que nesse ano esteve como primeiro-ministro cinco meses em gestão - porque nessa altura "deu-se a dissolução e foram convocadas novas eleições e agora houve eleições e portanto não pode haver dissolução".
"Eu sempre fui contra a privatização da TAP porque para citar uma frase de um brasileiro que eu encontrei uma vez no Brasil, os aviões da TAP são hoje o equivalente às caravelas do século XVI, portanto são extremamente importantes para Portugal. O processo já estava desencadeado mas a meu ver não devia ter sido concluído", respondeu ainda aos jornalistas.
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