Tribunal de Évora começa a julgar ex-motorista de Cabrita por atropelamento mortal na A6

Marco Pontes responde por homicídio por negligência grosseira pelo atropelamento mortal de um trabalhador na A6.

22 de maio de 2025 às 07:22
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O Tribunal de Évora começa esta quinta-feira a julgar o ex-motorista do antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, que responde por homicídio por negligência grosseira pelo atropelamento mortal de um trabalhador na Autoestrada 6 (A6), em 2021.

A primeira sessão do julgamento arranca às 09h30, no Tribunal Judicial de Évora, de acordo com o portal de justiça Citius, consultado pela agência Lusa.

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Estão agendadas mais cinco sessões, até 17 de junho, segundo a agenda de diligências disponível no mesmo portal.

O caso chega a julgamento após ter passado pela fase de instrução, em que, na decisão, conhecida em outubro de 2023, o juiz Marcos Ramos decidiu levar a julgamento o antigo motorista.

Contudo, o mesmo juiz de instrução criminal decidiu não pronunciar o ex-ministro da Administração Interna (MAI) Eduardo Cabrita, nem o seu então chefe da segurança, Nuno Dias.

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Marco Pontes, o motorista do antigo ministro, é, assim, o único a ser julgado em tribunal singular e vai responder pela prática de um crime de homicídio por negligência grosseira.

A família e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), que se constituíram assistentes no processo, ainda recorreram da decisão instrutória, paras que Eduardo Cabrita e Nuno Dias fossem levados a julgamento.

Mas, no dia 18 de junho de 2024, o Tribunal da Relação de Évora (TRE) rejeitou os recursos e manteve a decisão instrutória.

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O caso remonta a 18 de junho de 2021, quando a viatura oficial em que seguia Eduardo Cabrita, conduzida por Marco Pontes, atropelou mortalmente Nuno Santos, de 43 anos, trabalhador de uma empresa que fazia a manutenção da A6, ao quilómetro 77,6 da via, no sentido Estremoz-Évora.

O Ministério Público acusou, no dia 3 de dezembro de 2021, Marco Pontes de homicídio por negligência, tendo, nesse mesmo dia, o então ministro da Administração Interna apresentado a sua demissão do cargo.

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