Brasileiras não querem engravidar com medo do Zika

Vírus pode causar anomalias cerebrais graves em recém-nascidos.

23 de dezembro de 2016 às 03:19
São Paulo, Brasil, doenças, saúde, Organização Mundial de Saúde, investigação médica, zika Foto: Reuters
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Porto Rico, doenças, Organização Mundial de Saúde, Zika, microcefalia Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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Mais de metade das mulheres brasileiras em idade fértil tentam evitar a gravidez por causa do surto do vírus Zika que assola o país desde 2015, segundo um estudo publicado esta sexta-feira.

Divulgado pelo The Journal of Family Planning and Reproductive Health Care, o estudo foi realizado em junho com base em entrevistas a 2.002 mulheres entre 18 e 39 anos, educadas e residentes nas zonas urbanas.

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As mulheres foram questionadas em entrevistas presenciais sobre a gravidez e de forma anónima no que diz respeito à questão do aborto, que é proibido pela lei brasileira, exceto em caso de violação ou quando a vida da mãe está em perigo.

Segundo a agência de notícias AFP, 56% das mulheres inquiridas responderam ter evitado ou que tinham procurado evitar uma gravidez por causa da epidemia do vírus Zika.

Outros 27% disseram não ter tomado qualquer medida, enquanto 16% disse que não desejava ter filhos, independentemente do surto.

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A epidemia que assola sobretudo a Amércia Latina deve-se ao Zika, um vírus que pode causar anomalias cerebrais graves em recém-nascidos cujas mães foram infetadas.

No Brasil, o país mais afetado, há dois mil casos de microcefalias potencialmente relacionadas com o vírus.

Para os autores do estudo, o resultado deve incentivar o Brasil a "reavaliar a política de saúde em matéria de reprodução, a fim de assegurar um melhor acesso às informações e aos métodos de contraceção "e também a rever a sua política de "criminalização do aborto".

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