Cerca de 70 mineiros das antigas minas de urânio da Urgeiriça (Nelas) voltaram hoje a exigir indemnizações para as famílias dos que morreram por doenças profissionais, promovendo uma vigília em frente da residência oficial do primeiro-ministro.
Além de palavras de ordem a exigir indemnizações para as viúvas dos que morreram de cancro devido ao trabalho nas minas, os manifestantes entregaram no Palácio de São Bento uma moção com essa exigência, cumprindo ainda um minuto de silêncio em memória das vítimas mas também dos mortos no recente colapso de uma mina na Turquia.
António Minhoto, presidente da Associação dos ex-trabalhadores das minas de uranio (ATMU), disse à Agência Lusa que 170 trabalhadores já morreram e que há "outras vítimas a acontecer diariamente", por doenças oncológicas, sem que o Governo esteja disposto a "pagar esta dívida para com os trabalhadores e suas famílias".