Ex-PGR recusou confirmar se falou ou não com Azeredo Lopes sobre a atuação da PJ Militar no caso de Tancos.
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A ex-procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, recusou este sábado confirmar se falou ou não com o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes sobre a atuação da PJ Militar no caso de Tancos, salientando que o fará nas instâncias próprias.
"Não vou confirmar ou infirmar o que uma testemunha prestou ou terá prestado, no âmbito de um inquérito que está em investigação e que está em segredo de justiça. Estou pronta para esclarecer no local próprio, quando me quiserem convocar as entidades com competência para tal", declarou Joana Marques Vidal, à entrada para um almoço em sua homenagem, organizado em Lisboa pela Ordem dos Advogados.
A ex-procuradora falava acerca de uma investigação veiculada na sexta-feira à noite pela RTP, que deu conta de que Marques Vidal terá telefonado a Azeredo Lopes, um dia após o aparecimento das armas roubadas em Tancos.
Neste telefonema, a então Procuradora terá demonstrado desagrado por a PJ Militar continuar a investigar o caso, numa altura em que a investigação já tinha passado para a alçada da Polícia Judiciária.
Por outro lado, o semanário Expresso noticia hoje que o ministro Azeredo Lopes "soube do teor do memorando de Tancos", mas "não percebeu a existência de um encobrimento e não deu importância ao documento".
Tanto o primeiro-ministro, António Costa, como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, negaram na sexta feira ter conhecimento do memorando.
O primeiro-ministro disse na sexta-feira que não conheceu o memorando sobre o furto de material militar dos paióis de Tancos, "nem através de Azeredo Lopes, nem através de ninguém".
"Nem através de Azeredo Lopes, nem através de ninguém. Não conhecia", afirmou António Costa, em Sintra, questionado por jornalistas se teve conhecimento pelo ex-ministro da Defesa Nacional do memorando sobre o reaparecimento do material militar furtado em Tancos.
Já o Presidente da República insistiu que o caso de Tancos "não se pode esquecer nem se pode minimizar", afirmando-se "o chato do costume", que não desiste de reclamar a necessidade de apuramento dos factos.
"Eu fui o chato do costume, por uma razão muito simples: porque eu sou comandante supremo das Forças Armadas e Presidente da República e ali não era apenas o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa. É alguém que é responsável e que acha que não se pode esquecer nem se pode minimizar [o sucedido em Tancos]", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sexta-feira, o parlamento aprovou, por larga maioria, uma comissão de inquérito ao furto de armas nos paióis de Tancos, com a abstenção do PCP e do PEV.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.
Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da PJM e da GNR.
Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da PJM, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa.
Em 12 de outubro, Azeredo Lopes demitiu-se e foi substituído por João Gomes Cravinho.
Na semana passada, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, também se demitiu e o seu lugar foi ocupado pelo general José Nunes da Fonseca.
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