O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) explicou este sábado que não assinou o memorando com o Governo porque não aceita a privatização da TAP e o documento não dá quaisquer garantias aos trabalhadores ou aos portugueses.
"O sindicato não assinou este memorando porque não trazia quaisquer garantias. Este documento parte de uma premissa, que é a privatização da empresa, que nós não aceitamos", disse à agência Lusa o vice-presidente do SNPVAC, Nuno Fonseca.
O sindicalista lembrou que o Governo só aprova o caderno de encargos da privatização no dia 15 de janeiro e que o memorando assinado com nove sindicatos apenas garante a discussão de algumas matérias.
Essa foi uma das razões pelas quais a SNPVAC foi um dos três sindicatos que manteve o pré-aviso de greve para os últimos dias do ano, justificou, admitindo, no entanto a falta de efeitos práticos da paralisação devido à imposição da requisição civil. "É uma greve um pouco sui generis porque não tem efeitos práticos que afetem a operação, mas serve para agitar consciências e clarificar a importância da TAP, que não pode ser vendida", disse Nuno Fonseca.