Primeiros passos na política foram dados na Juventude Social Democrata.
Militante do PSD desde a juventude, Miguel Macedo foi deputado e liderou a bancada social-democrata, estreou-se em funções governativas como secretário de Estado de Cavaco Silva, esteve nos governos de Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho.
Miguel Bento Martins da Costa de Macedo e Silva nasceu em Braga no dia 6 de maio de 1959. Advogado, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, de cuja Associação Académica foi dirigente.
Começou como militante da Juventude Social Democrata, aderindo depois ao PSD.
Destacou-se como ministro da Administração Interna e como líder parlamentar do PSD, cargo que exerceu depois de Pedro Passos Coelho ter sido eleito presidente dos sociais-democratas, em 2010, cabendo-lhe enfrentar a oposição ao Governo de José Sócrates a partir da Assembleia da República.
O atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi vice-presidente da mesma bancada, que depois viria igualmente a liderar.
Com a vitória do PSD nas eleições em junho de 2011, assume as funções de ministro da Administração Interna, das quais se demite em 2014 devido a um processo relacionado com a atribuição de vistos ‘gold’, de que é absolvido em 2019.
O ministro conciliador
No governo de Passos Coelho é apontado como um conciliador, capaz de fazer pontes, nomeadamente com o então ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente do CDS-PP Paulo Portas, que protagonizou diversos momentos de tensão com o líder do executivo.
Viviam-se os dias da ‘troika’ e Paulo Portas chega a pedir a demissão, em 2013, que não foi aceite, tendo subido a vice-primeiro-ministro.
O percurso de Miguel Macedo enquanto ministro da Administração Interna fica marcado por expressivas manifestações de polícias, tendo uma delas terminado com a invasão da escadaria da Assembleia da República.
Militante social-democrata desde jovem, Miguel Macedo foi dirigente da JSD e a sua primeira experiência governativa aconteceu no primeiro Governo de maioria absoluta de Cavaco Silva, como secretário de Estado da Juventude do ministro Couto dos Santos, entre 1990 e 1991.
Governos de Durão e Santana
Integrou depois, entre 2002 e 2005, os governos de coligação PSD/CDS-PP de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes, como secretário de Estado da Justiça, trabalhando nessas funções com os ministros Celeste Cardona e José Pedro Aguiar-Branco, seu antecessor na liderança parlamentar do PSD.
Antes de ser líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo fez parte da direção social-democrata de Marques Mendes, ocupando o cargo de secretário-geral.
Foi eleito deputado à Assembleia da República nas legislaturas iniciadas em 1987, 1991, 1995, 1999, 2002, 2005 e 2009, sempre pelo círculo de Braga.
Quando se demitiu do Governo em 2014, garantiu não ter qualquer intervenção no processo dos vistos 'gold' mas reconheceu que a investigação em curso o deixava com "autoridade diminuída".
“O ministro da Administração Interna pelas funções que exerce em áreas de especial sensibilidade e exigência tem de ter sempre uma forte autoridade para exercício pleno e eficaz das suas responsabilidades. É essa autoridade que politicamente entendo ter ficado diminuída e um ministro nesta pasta não pode ter nunca a sua autoridade diminuída”, declarou.
Miguel Macedo viria a ser absolvido em 2019 de três crimes de prevaricação de titular de cargo político e um crime de tráfico de influência.
Não regressou à vida política ativa, assumindo o papel de comentador político recentemente no programa “Princípio da Incerteza”, da CNN Portugal, com José Pacheco Pereira e Alexandra Leitão, moderado pelo jornalista Carlos Andrade.
A sua última presença numa iniciativa político-partidário aconteceu no lançamento da candidatura presidencial de Luís Marques Mendes, no mês passado, em Fafe.
Miguel Macedo considerou que Marques Mendes fez bem em candidatar-se à Presidência da República, considerou que tem todas as possibilidades para ser eleito e salientou que para assumir o cargo é preciso muita experiência política, sobretudo num período em que há em Portugal, como em muitos países da Europa, uma enorme fragmentação do espetro parlamentar.
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