Segundo o Serviço de Informações e Segurança, 21 dos portais "estão a ser controlados diretamente pela Rússia".
A Moldova suspendeu esta segunda-feira seis canais de televisão associados ao partido pró-russo Shor, ilegalizado, e ao oligarca fugitivo Vladimir Plahotniuc, além de bloquear outros 31 portais de Internet, a maioria deles controlados diretamente pela Rússia.
O chefe do Serviço de Informações e Segurança (SIS) da Moldova, Alexandru Musteata, assinou uma ordem para bloquear os portais das principais agências russas, como a TASS e a Interfax, mas também a estação de rádio do braço de propaganda da agência Sputnik e jornais como o Izvestia e o Komsomolskaya Pravda.
No total, 21 dos 31 portais bloqueados "estão a ser controlados diretamente pela Rússia", disse Musteata numa conferência de imprensa, segundo o meio de comunicação social moldovo Newsmaker.
A decisão do Governo moldovo surge no primeiro de dois dias da visita oficial que o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, está a efetuar à Moldova, a convite da homóloga, Maia Sandu, que visitou Lisboa no início deste mês.
A ordem do Governo moldovo refere que se trata de portais de Internet que divulgam informações "suscetíveis de gerar tensões ou conflitos sociais" e que "provêm de autoridades públicas de um Estado envolvido num conflito militar e reconhecido como Estado agressor, ou de pessoas e entidades sancionadas pela União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Noruega pelas ações desestabilizadoras em relação à Moldova".
O primeiro-ministro moldovo, Dorin Recean, escreveu na conta pessoal no Facebook que o país está sujeito "todos os dias a ataques híbridos por parte da Federação Russa".
"Nas últimas semanas, estas ameaças aumentaram de intensidade. A Rússia, através de grupos criminosos organizados, quer influenciar as eleições locais de 05 de novembro e minar o processo democrático", sublinhou Recean.
O chefe do Governo moldovo explicou que, esta segunda-feira, por recomendação do SIS, a Comissão para Situações Excecionais do país decidiu também suspender as licenças de seis canais de televisão "que promovem interesses estrangeiros".
"Estas estações de televisão estão subordinadas aos grupos criminosos [de Vladimir] Plahotniuc e [de Ilon] Shor, que se juntaram para desestabilizar o país", sublinhou Recean.
"Não o permitiremos e atuaremos sempre com prontidão e determinação no interesse dos cidadãos", acrescentou.
Os canais em causa são Orizont TV, iTV, Prime TV, Publika, Channel 2 e Channel 3, cujos portais na 'web' foram também bloqueados hoje.
A justiça moldova condenou este ano Ilon Shor, exilado em Israel, a 15 anos de prisão, enquanto Plahotniuc é procurado internacionalmente por corrupção e liderou o Partido Democrático da Moldávia (PDM), que governou o país entre 2016 e 2019.
Já na semana passada, o SIS ordenou o bloqueio de 22 portais de Internet russos e da Comunidade de Estados Independentes (CEI) na Moldova, incluindo canais públicos russos como a NTV, Vesti e RT, Zvezda, a televisão do Ministério da Defesa russo, o canal ultranacionalista Tsargrad e agências como a Rossia Segodnia.
Há vários meses que o acesso a cinco portais da agência noticiosa oficial russa Sputnik já tinha sido bloqueado por difundir "informações falsas" e, em meados de setembro, o diretor da Sputnik Moldova, Vitali Denisov, foi expulso do país.
Em 2022, a Moldova também encerrou seis canais de televisão russos para proteger os seus cidadãos da propaganda e da desinformação do Kremlin, que apoia a região separatista moldava da Transnístria.
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