A Rússia aumentou desde meados de julho de 12 mil para 20 mil o número de militares concentrados ao longo da fronteira com a Ucrânia, criando uma "situação perigosa", disse esta quarta-feira uma porta-voz da NATO.
"A Rússia concentrou 20 mil soldados na fronteira oriental da Ucrânia prontos para combater... É uma situação perigosa", assinalou Oana Lungescu.
A NATO afirma recear que a Rússia utilize "o pretexto de uma missão humanitária ou de manutenção da paz para enviar soldados em direção ao leste da Ucrânia", acrescentou a porta-voz.
Moscovo foi ainda acusado de continuar a apoiar os rebeldes pró-russos e de permitir a passagem de armas e combatentes através da fronteira.
"O prosseguimento da desestabilização da Ucrânia pela Rússia é responsável por toda a deterioração da situação humanitária nas zonas controladas pelos separatistas", considerou ainda.
"Trata-se de um conflito alimentado pela Rússia", insistiu a porta-voz. "Continuamos a exortar a Rússia a retirar todas as suas forças militares da fronteira com a Ucrânia, interromper o fluxo de armas e de combatentes através da fronteira e a exercer a sua influência sobre os separatistas armados para que deponham as armas e renunciem à violência".