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Portugal acompanha "com muita atenção" situação política pós-eleitoral em São Tomé

No país o parlamento adiou, pela segunda vez, a sessão plenária para marcar segunda volta das eleições presidenciais.

13 de agosto de 2021 às 17:13

O Governo português disse esta sexta-feira estar a acompanhar "com muita atenção" a "situação política" em São Tomé e Príncipe, onde o parlamento adiou, pela segunda vez, a sessão plenária para a marcação da segunda volta das eleições presidenciais.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros acompanha com muita atenção a situação política em São Tomé e Príncipe, no escrupuloso respeito pela soberania deste país", afirmou o gabinete de Augusto Santos Silva em resposta à Lusa.

"O único interesse de Portugal é que o processo eleitoral relativo ao Presidente da República de São Tomé e Príncipe decorra e se conclua no quadro definido pela Constituição são-tomense", acrescentou a mesma fonte.

O parlamento são-tomense adiou pela segunda vez, sem indicar nova data, a sessão plenária prevista para esta sexta-feira que deveria marcar o dia da segunda volta das eleições presidenciais.

Numa nota "muito urgente" enviada na tarde de quinta-feira aos líderes parlamentares, o secretário da mesa da Assembleia são-tomense refere que a sessão plenária convocada para esta sexta-feira "fica adiada, aguardando a deliberação da comissão permanente agendada para próxima segunda-feira".

Nesta sessão plenária os deputados deverão aprovar uma lei para "fixação excecional" da data da segunda volta das eleições entre os candidatos Carlos Vila Nova e Guilherme Posser da Costa, que deverá realizar-se em 29 de agosto, segundo uma proposta apresentada pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN).

O calendário eleitoral são-tomense previa a realização da segunda volta das eleições em 08 de agosto, mas tal não foi possível por causa de um contencioso eleitoral, interposto pelo terceiro candidato mais votado, Delfim Neves, que gerou uma crise no país e paralisou o Tribunal Constitucional estagnando o processo eleitoral por quase duas semanas.

A nova data indicada pela CEN prevê a proclamação dos resultados definitivos em 12 de setembro, mas o Presidente da República eleito deveria tomar posse em 03 de setembro.

O candidato Carlos Vila Nova, apoiado pelo Ação Democrática Independente (ADI), foi o mais votado na primeira volta das eleições presidenciais realizadas em 18 de julho, registando 43,3% dos votos. Guilherme Posser da Costa, apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD) foi o segundo mais votado, com 20,7% dos votos.

Após a proclamação dos resultados provisórios foram realizadas várias manifestações, trocas de acusações e denúncias de fraudes por causa do ato eleitoral.

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