O Procurador João Aibéo disse nas suas alegações que o processo de 1982 contraria a tese de que os arguidos não se conheciam. O magistrado afirmou que Carlos Cruz teve "um aviso" em 1984 quando foi chamado à polícia.
Terminou a sessão da parte da manhã no Tribunal de Monsanto, com as alegações finais a serem protagonizadas pelo magistrado João Aibéo.
O Procurador insistiu no processo de 1982 para dizer que aqueles factos contrariam a versão dos arguidos de que não se conheciam e não tinham relações com menores. 'Tinham!' afirmou João Aibéo.
O Procurador considerou que o depoimento de Teresa C (menor encontrada em casa do embaixador Jorge Ritto e que identificou Carlos Cruz numas fotografias encontradas em casa do embaixador) é fundamental para todo este processo.
O Procurador João Aibéo começou as alegações finais eram 10h06, e imediatamente referiu o nome de Carlos Cruz. O magistrado chamou a atenção para o facto de, dois dias depois de Bibi ter sido detido, Carlos Cruz ter aparecido nos três canais de televisão. O Procurador questionou-se: 'quantas pessoas teriam o poder para aparecer nos três principais canais de televisão?'.
João Aibéo optou por só falar no caso da Casa de Elvas amanhã.
Catalina Pestana, antiga provedora da Casa Pia, e autora de inúmeras denúncias de abusos em relação a estudantes da instituição encontra-se na sala de audiências a assistir às alegações do Ministério Público.
CARLOS CRUZ TRANQUILO
Carlos Cruz, o arguido mais mediático do processo Casa Pia, manifestou-se esta manhã tranquilo relativamente à argumentação do procurador João Aibéo.
“Estou, mais do que nunca, de consciência tranquila. Quando se tem a consciência tranquila, fica-se muito sereno”, afirmou o antigo apresentador de televisão no intervalo para almoço da sessão de hoje do julgamento, a decorrer no Tribunal da Boa-Hora.
AIBÉO CRITICA POLÍCIA JUDICIÁRIA
João Aibéo criticou a forma como a Polícia Judiciária conduziu algumas diligências na fase de inquérito. O Procurador apontou, entre outros, o facto de um interrogatório a uma alegada vítima ter sido realizado por um inspector estagiário, mas nos autos ter aparecido assinado pelo então director nacional adjunto, Artur Pereira.
Outro pormenor criticado foi o facto de não terem sido registadas as horas em que começaram e terminarem as diligências do processo, incluindo reconhecimentos de locais, o que teria evitado demoras para determinar durante o julgamento as circunstâncias e modo em que foram realizadas essas acções pela PJ.
Relativamente às acusações da defesa dos arguidos, que segundo os quais os contactos entre as testemunhas durante a fase de recolha de prova poderiam proporcionar o acerto de depoimentos entre eles, João Aibéo defendeu as alegadas vítimas, considerando que essa hipótese só poderá ser fruto de uma “imaginação delirante”.
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