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Programa das Nações Unidas apoia resiliência de agricultores moçambicanos

Campanha agrária 2021/2022 foi lançada na sexta-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

17 de novembro de 2021 às 17:39

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou esta quarta-feira um programa de resiliência para pequenos agricultores em três províncias moçambicanas, visando reduzir as perdas agrícolas face aos "choques climáticos", anunciou em comunicado.

"O nosso objetivo é que os agricultores sejam mais resilientes às mudanças climáticas, controlando melhor os riscos", disse Pierre Lucas, diretor nacional adjunto do PAM, citado na nota.

O PAM espera que o programa de resiliência "proteja a segurança alimentar e os meios de subsistência de mais de 50 mil pessoas" das províncias de Gaza, no sul de Moçambique, Tete e Sofala, no centro, onde a iniciativa está a ser implementada.

Segundo o comunicado, entre as medidas de resiliência apoiadas pelo programa das Nações Unidas consta a partilha de informações climáticas e interpretação das previsões meteorológicas, o mapeamento de recursos disponíveis, seleção de culturas mais apropriadas e gestão de pragas.

A campanha agrária 2021/2022 foi lançada na sexta-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o "aumento da produtividade e produção agrária" é a prioridade definida.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais.

Na época chuvosa 2020/2021 Moçambique foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.

As intempéries provocaram pelo menos 96 mortes, afetaram 676.314 pessoas e causaram ainda 150 feridos, de acordo com dados do Governo.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.

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